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Há uma mancha de água “a escaldar” na Nova Zelândia

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Uma mancha de água “extremamente quente” foi detetada no extremo sul do oceano Pacífico, na costa leste da Nova Zelândia, e está a crescer lentamente.

Imagens obtidas por satélites publicadas na passada segunda-feira no Climate Reanalyser mostram uma zona massiva de água de cor vermelho vivo com aproximadamente dois mil quilómetros de diâmetro. A área é, provavelmente, do mesmo tamanho do que a Ilha do Norte da Nova Zelândia e esteve a crescer durante este mês de dezembro.

De acordo com o jornal The New Zealand Herald, o fenómeno chamou a atenção de estudiosos do clima quando se converteu num dos pontos marinhos mais quentes do planeta, com temperaturas de até 20ºC.

James Renwick, investigador de clima e professor da Universidade de Victoria, na Austrália, explicou que isto ocorre, em regra, em águas com ventos baixos, que se juntam à incidência do sol na área, fazendo com que a água aumente a sua temperatura. A área vermelha vista no mapa de calor indica temperaturas de pelo menos 4ºC acima da média, enquanto as áreas brancas no centro indicam temperaturas de 6ºC acima da norma.

“A temperatura do mar realmente não varia muito. Um grau, mais ou menos, é um grande problema e esta área provavelmente é quatro graus ou mais acima da média e isso é enorme”, disse Renwick.

Em declarações ao jornal britânico The Guardian, Renwick admitiu que os valores poderão estar associados às alterações climáticas, nomeadamente ao aumento das emissões de gases de efeito estufa, mas que se devem sobretudo a condições da natureza.

Nas próximas semanas, os cientistas estudarão o fenómeno para obter mais informações sobre a sua origem e o impacto local que poderia ter, especialmente para a vida marinha.

ZAP //

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