A Câmara Municipal de Lisboa vai criar empregos para pessoas em situação de sem abrigo. A bolsa de emprego apoiado anunciada na terça-feira, criada em parceria com o Instituto de Segurança Social, contempla 200 vagas.
A medida integra o Plano Municipal de Lisboa para Pessoas em Situação de Sem Abrigo (2019/2023), apresentado na terça-feira de manhã nos Paços do Concelho, numa cerimónia em que participou a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, noticiou a agência Lusa.
Este plano destina-se a 361 sem-abrigo e as 1967 pessoas sem casa e que vivem em alojamentos temporários, atuando ao nível da habitação, da saúde e do emprego.
No âmbito do emprego, o presidente da Câmara, Fernando Medina, adiantou que vão ser abertas 200 vagas nos departamentos da autarquia e das empresas municipais, em áreas como os espaços verdes, jardinagem, urbanismo e transportes.
“Nós temos muitos casos de pessoas em sem-abrigo que terão muita dificuldade em ocupar um posto de trabalho normal. E pensamos que antes de pedir a uma empresa, onde é mais difícil a inserção num posto de trabalho normal, de cumprir um horário e desempenhar esse trabalho com competência, se deve começar por inserir num ambiente mais protegido”, explicou o autarca.
O plano prevê também um apoio a nível de saúde, estando prevista a implementação de um programa de saúde oral e serviço de clínica geral, com a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, garantindo 1500 consultas gratuitas de medicina dentária.
Fernando Medina destacou o reforço das respostas habitacionais, nomeadamente daquelas que decorrem ao abrigo do programa Housing First, em que se atribui a um sem-abrigo uma habitação antes de iniciar o processo de acompanhamento e apoio na sua integração social. Às 80 vagas já existentes, o município de Lisboa pretende somar 320 até 2023.
Relativamente ao plano, o autarca reiterou que “pretende dar uma resposta adequada a cada uma das pessoas que se encontram numa situação social precária”. “Cada pessoa que está numa situação de sem-abrigo é um caso concreto. Não há dois casos iguais, não há duas histórias iguais e dois percursos de vida iguais. E, por isso, o futuro deve ser construído com cada um, criando uma relação de confiança com cada um”, sublinhou.
O investimento da autarquia para a execução deste plano é cerca de 15 milhões de euros.
Enfim uma excelente iniciativa, trabalho, habitação e recuperação da dignidade….Parabéns!
Às vezes lá vai aparecendo uma boa noticia…