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Encontrado na China esqueleto com 5.000 anos com caso raro de nanismo

(dr) Halcrow et al. 2019

Arqueólogos descobriram, na China, um esqueleto humano com uma forma rara de nanismo, chamado pelos investigadores de “nanismo proporcional”.

Segundo o Live Science, o esqueleto foi encontrado num local de enterro perto do Rio Amarelo, na China, juntamente com outros restos mortais de pessoas que viveram entre 3300 e 2900 A.C.

Todos os esqueletos foram descobertos com as mãos colocadas em cima dos corpos, com a exceção de um, cujas mãos estavam enfiadas nas costas. Os ossos deste esqueleto pareciam mais curtos e fracos. Após uma análise mais aprofundada, os arqueólogos perceberam que este jovem adulto sofria de um nanismo raro.

A displasia esquelética é bastante rara nos dias que correm e, ao que parece, também é incomum nos registos arqueológicos — até agora, foram descobertos menos de 40 casos. Deste número, a maioria representa uma forma relativamente comum de nanismo chamada acondroplasia.

Mas, neste caso, os arqueólogos perceberam que se tratava de algo mais invulgar. Os membros do esqueleto pareciam curtos, assim como os ossos da cabeça e do tronco pareciam pequenos. A equipa diagnosticou o esqueleto com uma condição conhecida como “nanismo proporcional”.

De acordo com os cientistas, a baixa estatura deste jovem adulto resultou provavelmente do hipopituitarismo e hipotiroidismo” nos primeiros anos de vida (duas doenças relacionadas com a produção de hormonas na hipófise e na tiroide, respetivamente). Ambas podem prejudicar o crescimento ósseo, o desenvolvimento cognitivo e a função cardíaca e pulmonar.

Embora o esqueleto de baixa estatura tenha sido enterrado de forma diferente dos restantes, os arqueólogos não têm a certeza se ou como este indivíduo foi tratado em vida. E os textos confucionistas do século IV A.C. sugerem que pessoas com diferenças físicas não teriam sido excluídas nesta época.

Porém, esse sentimento colide com relatos históricos do século II A.C., que sugerem que pessoas com nanismo “eram vistas como outsiders“, observam os autores no artigo publicado na revista científica International Journal of Paleopathology.

ZAP //

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