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O antigo analista da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos Edward Snowden está a negociar com as autoridades norte-americanas o seu regresso, em condições não especificadas, disse o advogado do informático ao jornal alemão ‘Der Spiegel’.
“Todos aqueles que têm algo a ver com o caso estão conscientes de que é aconselhável procurar uma solução que seja aceitável para ambas as partes, por isso há negociações em curso para uma solução a médio prazo”, disse o advogado do analista de sistemas que revelou a existência de um programa generalizado de escutas informáticas aos principais líderes políticos mundiais.
Segundo Wolfgang Kaleck, “é de esperar que o Governo democrático dos EUA abra caminho para Snowden” poder voltar ao país.
Numa conferência em janeiro, Edward Snowden afirmou que não contemplou voltar para o seu país por causa da Lei de Espionagem, apesar de as autoridades terem mostrado abertura para encontrar uma solução à medida para a complexa situação jurídica do analista informático, atualmente na Rússia.
Kaleck também admite que o próprio Snowden possa deslocar-se a Berlim, onde esta semana decorre uma investigação parlamentar para aferir a extensão da espionagem dos EUA em solo alemão.
Embora o Governo de Angela Merkel se tenha oposto à presença do informático no país por causa das implicações políticas e jurídicas, o executivo de Merkel disse que não houve uma resposta negativa formal ao pedido de Snowden e insta a opinião pública a apoiar a possibilidade de o informático ser ouvido na comissão parlamentar que investiga o âmbito das atividades de espionagem dos Estados Unidos na Alemanha.
Acusado de espionagem por Washington, o norte-americano, que está na origem de numerosas revelações sobre a NSA, obteve em agosto o estatuto de refugiado político na Rússia durante um ano, após ter passado mais de um mês na zona de trânsito do aeroporto Moscovo-Cheremetievo.
O ex-analista da NSA, a quem as autoridades dos Estados Unidos retiraram o passaporte, não fez qualquer aparição pública desde a obtenção do asilo na Rússia até ao passado dia 2, quando colocou uma pergunta diretamente ao Presidente da Rússia durante uma conferência de imprensa.
/Lusa
