Falha no multibanco terá permitido desviar milhares de euros. SIBS desmente

José Sena Goulão / Lusa

Entre 2012 e 2016, um cabecilha e nove cúmplices abriram 94 contas bancárias e lesaram 18 bancos em milhares de euros, aproveitando o “período de degradação”, momento em que as caixas multibanco estavam desligadas do sistema central para atualização de software.

O julgamento por estes crimes ia começar na próxima semana. Mas, de acordo com o Jornal de Notícias, o julgamento foi desmarcado porque os arguidos estão em fuga à Justiça. Neste rol inclui-se o futebolista Alécio Moreira, que jogou no Académico de Viseu entre 2009 e 2010.

O cabecilha e mais três cúmplices foram julgados num processo em separado. Em abril do ano passado, o líder foi sentenciado a seis anos de prisão, enquanto os outros três arguidos foram condenados a penas suspensas, inferiores a três anos. Os juízes consideraram o modo de atuação “sofisticado” e “nunca visto em Portugal”. Rendeu pelo menos 119 mil euros.

A propósito da notícia, a SIBS – entidade que gere a rede – emitiu um esclarecimento para sublinhar que “não houve nenhuma falha no sistema”. Em comunicado, citado pelo semanário Expresso, a SIBS adianta que “a rede Multibanco está permanentemente em comunicação com o sistema central, pelo que não será possível o registo de alguma situação como a descrita”.

A empresa lembra também que “os dados inerentes aos casos em apreço estão em análise pelas autoridades competentes”, como tal, “em segredo de justiça”. O comunicado informa que a rede por si gerida “está dotada de mecanismos de monitorização permanente e de deteção de funcionamento anómalo potencialmente relacionados com criminalidade”.

ZAP //

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