O prémio Nobel da Medicina foi atribuído, esta segunda-feira, a três cientistas pelas suas descobertas relativas à forma como as células se adaptam às diferenças de oxigénio.
O prémio Nobel da Medicina foi atribuído aos cientistas norte-americanos William Kaelin e Gregg Semenza e ao britânico Peter Ratcliffe. O trabalho premiado revela os mecanismos moleculares que sustentam como as células se adaptam às variações no fornecimento de oxigénio.
As descobertas feitas pelos vencedores deste ano são fundamentais para a fisiologia e abriram o caminho para o desenvolvimento de novas estratégias para combater doenças como a anemia ou o cancro, escreve o jornal Público.
Em 2018, o Nobel da Medicina foi atribuído a James P. Allison e Tasuku Honjo pelas descobertas relacionadas com o papel do sistema imunitário na luta contra o cancro.
Este é o primeiro dos Nobel a ser anunciado este ano, seguindo-se nos próximos dias os galardões relativos à Física, Química, Literatura, Economia e Paz.
Os prémios Nobel nasceram da vontade do cientista e industrial sueco Alfred Nobel (1833-1896) em legar grande parte de sua fortuna a pessoas que trabalhem por “um mundo melhor”.
O prestígio internacional dos prémios Nobel deve-se, em grande parte, às quantias atribuídas, que atualmente chegam aos nove milhões de coroas suecas, cerca de 830 mil euros).
Alfred Nobel determinou a sua vontade num testamento feito em Paris, em 1895, um ano antes de sua morte. Segundo os termos do testamento, cerca de 31,5 milhões de coroas suecas, o equivalente a 2,2 mil milhões de coroas na atualidade (203 milhões de euros), foram alocados a uma espécie de fundo cujos juros deviam ser redistribuídos anualmente “àqueles que, durante o ano, tenham prestado os maiores serviços à humanidade”.
O testamento previa que os juros do capital investido fossem distribuídos ao autor da descoberta ou invenção mais importante do ano no campo da Física, da Química, da Fisiologia ou Medicina, e da obra de Literatura de inspiração idealista que mais se tenha destacado. Uma última parte seria atribuída à personalidade que mais ou melhor contribuísse para “a aproximação dos povos”.
Este ano, serão atribuídos dois Nobel da Literatura (relativos a 2018 e 2019), depois de, no ano passado, ter sido suspenso devido a um escândalo de abusos sexuais e crimes financeiros, que afetou a Academia de Estocolmo. A cerimónia de atribuição acontece anualmente a 10 de dezembro, data de aniversário da morte do seu mentor.
ZAP // Lusa