Nicolás Maduro “decidiu não enviar a sua delegação” para as negociações com o líder da oposição, Juan Guaidó, “devido à grave e brutal agressão” levada a cabo pela Administração Trump contra o país.
O Governo da Venezuela anunciou que não vai participar numa nova ronda de negociações com a oposição que estava agendada para esta quinta-feira em Barbados, em protesto contra o congelamento dos seus ativos determinada esta semana pelos Estados Unidos.
A decisão foi justificada pela “grave e brutal agressão” que “continuamente é levada a cabo pela Administração Trump contra a Venezuela”, revelou uma declaração governamental esta quarta-feira, citada pelo Expresso.
O Governo do Presidente Nicolás Maduro informou em comunicado na quarta-feira que também está a rever o modelo das negociações patrocinadas pela Noruega, de forma a garantir a sua eficácia futura.
A decisão foi anunciada apenas algumas horas antes da próxima ronda de negociações se iniciar na ilha de Barbados. Pouca informação foi divulgada sobre as conversações que começaram em maio.
O líder da oposição, Juan Guaidó, exigiu que Maduro renunciasse e abrisse caminho para uma eleição presidencial sob observação estrangeira e com um conselho eleitoral renovado.
Na segunda-feira, o Presidente norte-americano, Donald Trump, ordenou o congelamento de todos os ativos do Governo venezuelano nos Estados Unidos e impediu transações com as autoridades de Caracas.
A medida, na sequência das rondas de sanções contra Maduro, inclui a autorização de penalizações contra “estrangeiros” que disponibilizem apoio ao seu Governo, disse o conselheiro nacional de segurança dos Estados Unidos, John Bolton, no dia seguinte.
ZAP // Lusa