Colômbia corta relações diplomáticas com Venezuela se Maduro iniciar novo mandado

Juan Zarama / EPA

Iván Duque, Presidente da Colômbia

Se Nicolás Maduro iniciar um novo mandado como Presidente da Venezuela, a Colômbia compromete-se a romper as relações diplomáticas com o país.

A Colômbia vai romper relações diplomáticas com a Venezuela se Nicolás Maduro iniciar novo mandato como Presidente do vizinho país, a 10 de janeiro, disse este domingo o chefe de Estado colombiano, Iván Duque.

“O Governo do meu antecessor [Juan Manuel Santos] não reconheceu os últimos resultados eleitorais na Venezuela. Eu tão pouco, à semelhança de muitos países da região”, disse o Presidente colombiano.

Numa entrevista ao diário de Bogotá El Tiempo, Iván Duque explicou que, “em janeiro de 2019, quando tiver início novo mandato do ditador”, a Colômbia “não vai fazer a pantomima de continuar a ter relações diplomáticas com um regime que está a violar a Resolução 1373 das Nações unidas, acolhendo terroristas no seu território”.

E não vamos premiar um criminoso, que lesa a humanidade, que sistematicamente está a massacrar o seu povo. De momento, com a Venezuela, há uma relação consular e de negócios, como acontece neste tipo de circunstâncias”, sublinhou Iván Duque.

No passado dia 20 de maio foram realizadas eleições presidenciais antecipadas, na Venezuela, nas quais o Presidente Nicolás Maduro foi reeleito, segundo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), com 67,84% dos votos (6.248.864).

As eleições foram amplamente questionadas pela aliança opositora venezuelana, Mesa de Unidade Democrática, que denunciou falta de garantias eleitorais e não apresentou candidatos.

Houve, no entanto, três outros candidatos o cargo, entre os quais Henri Falcón, um ex-militante do chavismo que passou para a oposição e obteve 20.93% dos votos (1.927.958 votos).

No dia 22 de maio, o CNE proclamou oficialmente Nicolás Maduro como Presidente da Venezuela para o período 2019-2025. A oposição exige a realização de novas eleições presidenciais na Venezuela.

ZAP // Lusa

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