O realizador português Pedro Costa e o brasileiro Kléber Mendonça Filho estão entre os mais de 700 profissionais do cinema convidados a fazerem parte da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos EUA, que atribui os Óscares.
A academia anunciou na quarta-feira, em Los Angeles, que convidou 774 pessoas ligadas ao cinema a tornarem-se membros da organização – entre realizadores, atores, diretores de fotografia, argumentistas, produtores -, num esforço de renovação e de diversificação.
Entre os convidados – cuja lista está disponibilizada no site da academia – estão o realizador português Pedro Costa e vários nomes do cinema brasileiro, como os cineastas Nelson Pereira dos Santos, Kléber Mendonça Filho e Carlos Diegues, a realizadora Heloísa Passos e o diretor de fotografia Walter Carvalho.
“A comunidade cinematográfica é o que fazemos dela. Cabe-nos a todos assegurar que novas caras e novas vozes sejam vistas e ouvidas e apostar numa nova geração da mesma forma que alguém apostou em nós”, afirma a presidente da academia, Cheryl Boone Isaacs.
Os 774 convidados são oriundos de 57 países, 39% são mulheres e 30% são de raça não branca. Entre eles contam-se, por exemplo, os realizadores Barry Jenkins, Alejandro Jodorowsky, Jonas Mekas, Fatih Akin e Brillante Mendoza, a atriz Monica Bellucci e os músicos Angelo Badalamenti, Warren Ellis, Nick Cave, Lisa Gerrard e Justin Timberlake.
A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos, que decide sobre os nomeados para os Óscares, é uma organização internacional fundada em 1927 e conta atualmente com cerca de sete mil membros de vários países.
No ano passado, Cheryl Boone Isaacs admitiu que a academia precisava de uma mudança, na sequência de críticas apontadas à ausência de qualquer artista negro entre os nomeados dos Óscares 2016.
// Lusa