Bebé morre depois de médica recusar tratamento

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Paul Goyette / Wikimedia

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Um bebé de um ano e meio, que sofria de uma doença neurológica, morreu esta quarta-feira, no Brasil, depois de a médica que foi prestar socorro se recusar a fazê-lo porque alegadamente já estava no fim do turno.

Segundo o site O Dia, Breno Rodrigues Duarte da Silva, um bebé de um ano e meio que vivia na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, estava com uma gastroenterite, por isso, os pais decidiram chamar uma equipa médica para prestar auxílio.

A médica responsável dirigiu-se ao condomínio mas, contrariamente ao que seria suposto fazer, não entrou no edifício e recusou-se a prestar socorro à criança, que sofria de uma doença neurológica. A profissional alegou que já estava no fim do turno.

O sistema de videovigilância da residência mostra a médica a chegar na ambulância, a rasgar uns papéis e a ir embora. Uma hora e meia depois, o menino faleceu.

“Eu estava a ligar de dez em dez minutos para saber da ambulância. Quando chegou, às 11h00, o meu filho já tinha morrido”, afirma Rhuana, a mãe da criança, ao site G1.

O sentimento é de tristeza porque lutámos pelo nosso filho que é especial. Foi um ano e meio a lutar para que ele ficasse connosco, e depois vemos desinteresse de uma profissional que devia ter atendido o pedido na hora e não o fez. Perdemos o nosso filho”, disse Felipe, pai do menino.

Ela simplesmente abandonou o atendimento, a técnica de enfermagem que a acompanhava tentou convencê-la a subir, mas ela ficou em frente ao prédio, como se tivesse em surto. Não posso dizer que se negou, porque ela pode dizer que passou mal, que aconteceu algo com ela. Tem que se esclarecer. É uma situação que nos entristece muito”, afirmou Orlando Rubens Lisboa Corrêa, presidente da Cuidar, empresa que prestou o serviço.

Além disso, o responsável nega que a médica estivesse no fim do seu turno, revelando até que estava precisamente a começar. “Ela começou às sete da manhã o plantão. Se não era o primeiro, era o segundo atendimento dela. Estava próximo do condomínio e chegou com rapidez”, disse ao Dia, confirmando ainda que os documentos rasgados pela médica eram da solicitação do atendimento.

O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) já abriu um inquérito para apurar a assistência médica prestada à criança. A”Cuidar Emergências Médicas” já enviou todas as informações sobre a profissional e o atendimento que não foi concluído. O Cremerj lamenta a morte do bebé e afirma que investigará minuciosamente o caso”.

Entretanto, os pais já fizeram uma queixa na polícia, que também já abriu uma investigação para apurar as circunstâncias em que o bebé morreu depois de não ter sido socorrido. Os agentes analisaram as imagens das câmaras de segurança e disseram que há indícios dos crimes de homicídio culposo e supressão de documento.

O próximo passo das investigações será ouvir o porteiro do condomínio, o motorista da ambulância e a própria acusada.

ZAP //

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3 Comments

  1. Há pessoas a exercer profissões para as quais nunca tiveram vocação e pior ainda a falta de profissionalismo e total desrespeito pela vida alheia, possivelmente poderá ser condenada mas neste caso a melhor e mais correta penalização seria não exercer mais a profissão porque outras vidas poderão vir a estar em risco no futuro.

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