A descoberta de um fóssil de dinossauro fêmea grávida, com cerca de 245 milhões de anos, revelou que o animal, do grupo ‘archosauromorpha’, que inclui os antepassados das aves e crocodilos, dava à luz e não se reproduzia com ovos.
Antes da investigação, coordenada por Jun Liu, da Universidade de Tecnologia de Hefei, na China, e publicada esta terça-feira na revista Nature Communications, não era conhecida esta forma de reprodução nos répteis do grupo ‘archosauromorpha’.
A equipa de Jun Liu descreve o novo fóssil de ‘dinocephalosaurus’, um réptil marinho com um pescoço muito longo, encontrado na China, e um embrião em avançado estado de desenvolvimento preservado no abdómen do animal adulto, provando que não há “qualquer impedimento contra a possibilidade de os ‘archosauromorpha’ darem à luz”.
A análise da história da evolução dos ‘dinocephalosaurus’ indica que o sexo da descendência era determinado geneticamente, o que é diferente em outras espécies como crocodilos e algumas tartarugas, em que o sexo é definido pela temperatura dos ovos no ninho.
Os cientistas concluíram que a determinação genética do sexo pode ter sido uma pré-condição para a forma de reprodução nos ‘dinocephalosaurus’.
// Lusa