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NASA identifica novos sinais do encolhimento de Mercúrio

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JHU APL / Carnegie Institution of Washington / NASA

Messenger, a sonda lançada pela NASA há 6 anos e meio para explorar Mercúrio

Messenger, a sonda lançada pela NASA para explorar Mercúrio

A NASA descobriu um vale gigante em Mercúrio, que pode ser a primeira prova da compressão do planeta. A depressão estende-se por aproximadamente 1000 km até ao interior da bacia de Rembrandt, uma das maiores crateras do planeta.

O vale foi descoberto através de um novo mapa topográfico de alta resolução do hemisfério sul de Mercúrio, elaborado com recurso a imagens obtidas pela sonda Messenger – que foi lançada para o pequeno planeta em Agosto de 2004 e se despenhou em 2015 após ficar sem combustível.

“O grande vale de Mercúrio não é causado pela separação de placas litosféricas, é o resultado da contração global de um planeta com uma única placa”, disse Thomas Watters, investigador do Smithsonian’s National Air and Space Museum.

A estrutura descoberta tem aproximadamente 3 km de profundidade e está associado a dois grandes declives – Belgica Rupes e Enterprise Rupes.

NASA

Mapa topográfico da região a sudoeste da bacia de Rembrandt

Mapa topográfico da região a sudoeste da bacia de Rembrandt

“Existem exemplos semelhantes na Terra, que envolvem placas oceânicas e continentais, mas esta pode ser a primeira prova deste processo geológico em Mercúrio”, disse Watters.

Segundo o estudo divulgado na Geophysical Research Letters, o vale gigante foi criado à medida que o interior de Mercúrio arrefeceu e fez com que a única placa da crosta do planeta se contraísse.

A explicação mais provável para este fenómeno é de uma longa curvatura na camada externa do planeta em resposta à diminuição e contração do astro. As rochas da crosta de Mercúrio foram empurradas para cima enquanto o chão do vale se comprimiu.

BZR, ZAP

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