A missão Rosetta, que está a menos de um mês de chegar ao fim, encontrou moléculas orgânicas complexas na poeira de um cometa.
Depois de ter finalmente encontrado o pequeno módulo Philae, a missão Rosetta está a menos de um mês de chegar ao fim.
Antes dos últimos suspiros desta aventura, os cientistas descobriram agora que a sonda detetou moléculas orgânicas complexas na poeira que cerca o cometa.
Por isso, esta descoberta reforça ainda mais a ideia de que os elementos básicos necessários para o surgimento da vida vieram justamente de objetos espaciais congelados, tal como cometas ou asteróides.
Moléculas orgânicas complexas são uma mistura de carbono, hidrogénio e oxigénio – elementos que são a base da nossa biologia -, e já foram encontradas anteriormente noutros cometas, incluindo o famoso cometa Halley, que passa perto da Terra a cada 75,3 anos, aproximadamente.
Apesar desta descoberta não ser nova, a Rosetta foi a primeira missão capaz de recolher partículas de poeira com elementos orgânicos na superfície de um desses corpos celestes, permitindo aos cientistas analisar detalhadamente a sua composição.
Dois dos grãos recolhidos foram chamados de Kenneth e Juliette e foram tema de um estudo agora publicado na renomada revista científica Nature.
“A nossa análise revelou o carbono numa forma mais complexa do que esperávamos”, afirma o astrónomo Hervé Cottin no site da ESA.
“É tão complexo que não podemos dar a fórmula correta ou um nome”, acrescenta.
Esta descoberta reforça ainda o argumento de que os elementos de carbono que são vulgarmente encontrados em meteoritos vêm, de facto, do Espaço e não que são provenientes do planeta Terra.
ZAP / Canal Tech