Um “esquadrão” de nanobots submarinos microscópicos capazes de detetar e recolher partículas de metais pesados podem ser a solução para limpar os oceanos.
A preocupação com a poluição dos oceanos não é recente e diversos estudos têm tentado encontrar soluções para o problema. O principal material de contaminação das águas é o plástico, seguido de metais como o chumbo e o mercúrio.
Com o objetivo de resolver ao menos uma parte desse problema, investigadores do Instituto Max-Planck para Sistemas Inteligentes, em Estugarda (Alemanha), do Instituto de Bioengenharia da Catalunha e do Instituto Catalão de Investigação e Estudos Avançados de Barcelona (Espanha) desenvolveram um projeto de fabricação de nanobots submarinos microscópicos, cobertos por uma camada de óxido de grafeno, capazes de detetar e recolher partículas de metais pesados do oceano de forma bastante eficaz.
De acordo com o Phys.org, até o momento, estes robôs submarinos – menores do que a espessura de um fio de cabelo – têm-se focado na remoção do chumbo, sendo capazes de recolher 95% desse metal em apenas uma hora de trabalho em águas poluídas.
O índice é animador, mas os cientistas esperam poder aperfeiçoar o projeto para que o robô possa eliminar outros tipos de metais pesados das águas do mar.
Além disso, também está nos planos da equipa o desenvolvimento de um sistema autónomo de navegação, já que estes robôs atualmente são controlados utilizando um campo magnético. Outra prioridade é a redução dos custos de fabricação, visando uma utilização em larga escala.
As conclusões do estudo, liderado pela investigadora Diana Vilela, foram publicadas na Nano Letters.