Licença para ter automóvel é quatro vezes mais cara do que há apenas três anos, em Singapura. E há licenças ainda mais caras.
Pagar 72 mil euros por um carro é impensável para muitos portugueses.
Pagar 72 mil euros pela licença de um carro (sem o automóvel incluído) seria um absurdo.
Mas acontece. Em Singapura.
Uma cidade-estado onde ter um carro já era um luxo mas agora esse luxo chegou a um extremo.
O denominado Certificado de Direito a 10 anos – uma licença obrigatória para quem comprar um carro – custa agora 72 mil euros.
É o valor mais alto de sempre e é um preço quatro vezes mais alto do que se verificava há somente três anos.
E até é a licença mais barata, que permite comprar um carro padrão da Categoria A, com um motor de pequeno a médio porte, de 1.600 cc ou menos. Para os carros maiores a licença – só a licença, repetimos – chega aos 101 mil euros.
“Quase desmaiei quando soube do preço”, admite Ricky Goh, vendedor de automóveis. “As vendas já estão muito fracas. Isto será ainda pior para o negócio”, disse à CNN.
Este é um sistema de quotas que existe há mais de 30 anos. A ideia é reduzir o trânsito e evitar mais poluição.
Muitos habitantes locais, especialmente da classe média, nem têm carro – por outro lado, estão muito bem servidos por transportes públicos.
Como comentou Wong, habitante local, uma família de Singapura tem, em média, de poupar durante anos só para comprar um carro para fazer face às suas necessidades.
Também se pode comprar uma mota. Licença: 7.500 euros.
Singapura é vista como a cidade mais cara do mundo.
