A Sony deixou de fazer disquetes há mais de uma década, mas isso não impediu o governo de Tóquio de continuar a confiar na tecnologia obsoleta. Agora, diz-lhe adeus.
A disquete – uma unidade de armazenamento de confiança, mas obsoleta – ainda é utilizada em alguns escritórios no Japão, sendo, por exemplo, uma componente essencial para instalar atualizações no Boeing 747.
Em Tóquio, as autoridades locais estão a começar a eliminar gradualmente as disquetes em favor dos sistemas digitais, como parte dos esforços de modernização.
O Nikkei Asia avança que o Governo de Tóquio, que há muito tenta afastar-se das disquetes, quer agora dizer adeus a esta tecnologia. Algumas empresas estão, inclusivamente, a considerar uma espécie de multa para aqueles que utilizam disquetes.
Em 2019, o Banco Mizuho informou que iria cobrar aos clientes uma taxa mensal de 50.000 ienes (cerca de 378 euros) se continuassem a utilizar disquetes.
Apesar de parecer contraditório, uma vez que Tóquio é uma das cidades-rosto do futurismo, a cidade japonesa tem muita dificuldade em abandonar definitivamente métodos antigos.
O exemplo mais popular é o das máquinas de fax. Segundo o Gizmodo, os burocratas têm resistido ao afastamento destes aparelhos, que continuam a ser um dispositivo muito utilizado na vida quotidiana japonesa.
No caso das disquetes, uma razão pela qual Tóquio ainda arrasta os pés é a perceção de fiabilidade associada a esta tecnologia.
Segundo o portal, funcionários responsáveis pela gestão dos fundos públicos da Meguro Ward levavam para a instituição informações sobre os salários dos funcionários em disquetes. Um deles justificou que continuava a utilizar este método de armazenamento porque as disquetes “quase nunca se partiam”, evitando assim a perda de dados.
Mas se em Meguro a transição para os meios digitais parece estar bem encaminhada, Chiyoda só planeia concluir a transição em 2026.
A Sony produziu a primeira disquete em 1981. O dispositivo magnético foi rapidamente adotado por muitas organizações públicas e privadas no Japão, mas a empresa deixou de as vender em 2011 em prol de ofertas de armazenamento mais avançadas, como pen drives e DVDs.
Agora que as disquetes parecem estar finalmente a desaparecer do Japão, o país ainda tem de dar um grande passo para se afastar dos faxes.
Quem ler este artigo ainda será capaz de ficar a pensar que as disquetes eram um sistema analógico e não digital!
Pelo que me diz respeito, ainda tenho uma boa colecção delas arquivadas e a funcionar em computadores mais antigos. Se actualmente as deixei de utilizar, é porque passei todos os seus conteúdos para um disco de arquivo com 2 TB e são um sistema de de reduzida capacidade, completamente obsoleto. Mas não deixam de marcar um marco importante na História da Informática.
Só para acrescentar que elas não deixam de ser um marco importante na História da Informáticva. E as da vossa imagem já eram avançadas para a época. Anteriormente, tinham um maior tamanho e uma menor capacidade.
5 e 1/4, 3 e 1/2….. tch….. tch…. tch…. tch….
Bons velhos tempos….
Ainda me lembro de descompactar com o arj em dos e instalar a demo do Duke Nukem 3D (era o primeiro nível inteiro!) a partir de umas quantas disquetes, no Windows 3.11
O problema deles era quando vc ia instalar um sistema como windows por exemplo, ai chegava no ultimo disquete e dava pau porque estava corrompido…oooohhh miséria kkkkk