Aravinda Ravibhanu
Reconstrução parcial e montagem de figuras antropomórficas na Danigala Circular Rock
Um astrobiólogo e geólogo do Sri Lanka descobriu “petróglifos neolíticos únicos” muito diferentes dos até agora descobertos no Sri Lanka. Estas verdadeiras obras de arte foram esculpidas nas paredes das cavernas na lendária “Montanha Alienígena”.
Segundo explica o astrobiólogo e geólogo Aravinda Ravibhanu Sumanarathn, autor de um estudo preliminar publicado no início deste mês no Research Gate, “pela primeira vez, no Sri Lanka, encontramos petróglifos associados ao período Neolítico“.
“Esta é a história dos petróglifos neolíticos perdidos da Danigala Circular Rock, a famosa Montanha Alienígena — um nome algo sensionalista, que brevemente mostrará a sua razão de ser”, diz Sumanarathn, diretor da Unidade de Pesquisa em Astrobiologia do Sri Lanka e especialista em pesquisa paleontológica sobre vida extraterrestre.
Segundo adianta o Ancient Origins, as evidências científicas sugerem que as populações do Paleolítico chegaram ao Sri Lanka por volta de 300 mil anos A.C. Nos tempos antigos, esta ilha era uma zona rica em caça, e por isso atrativa para os habitantes do Mesolítico.
A Danigala Circular Rock é uma formação geológica única, localizada em Polonnaruwa, no centro do país. De acordo com o Attractions In Sri Lanka, é “ponto de avistamento de OVNIs”, por isso conhecida localmente como Montanha Alienígena. A povoação mais antiga ali encontrada foi datada pelo paleontólogo Paulus Deraniyagala em 125 mil anos AC.
Danigala Circular Rock
Segundo o cientista, “a significativa presença de elementos ambientais relevantes para a arqueologia, astronomia, biodiversidade e fatores culturais tornavam este lugar único“. Mas até agora, ninguém sabia até que ponto o era.
Estas descobertas arqueológicas surgem após uma outra pesquisa astronómica e geológica, conduzida pelo The Central Cultural Fund, ter redescoberto na encosta noroeste de Danigala petróglifos de humanos esculpidos, pavões, plantas, cães, escadas, flechas, arcos e sinais geométricos.
Alguns dos petróglifos maiores medem até 7,5 metros de comprimento por 5 metros de altura. Embora estas runas sejam comparáveis às de outros locais arqueológicos do país, explica Sumanarathn, “é primeira vez que ocorrem este tipo específico de símbolos. São vestígios culturais mudos do fundo arqueo-astronómico de uma sociedade passada”.
Algumas das práticas religiosas primitivas e crenças dos antigos habitantes das cavernas “ainda perduram nas sociedades étnicas, cujo significado nunca é pensado, simplesmente é tido como uma tradição”, explica o investigador.
No entanto, o astrobiólogo acredita que alguns dos sinais geométricos encontrados nestas runas, aparentemente aleatórios, são na verdade “códigos de uma linguagem perdida – ou algo como um antigo sistema de contagem“.
