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Presidente da Academia comenta “Óscares mais brancos” dos últimos anos

The Grand Budapest Hotel / Facebook

Ralph Fiennes no filme "Grand Budapest Hotel"

Ralph Fiennes no filme “Grand Budapest Hotel”

A presidente da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood, Cheryl Boone, disse que gostaria de ver mais diversidade racial e de género nas nomeações aos Óscares, o maior prémio do cinema mundial, depois de a escolha dos candidatos deste ano ter sido fortemente criticada.

Entre os 20 nomeados nas categorias de representação, todos são brancos, e não há mulheres nas categorias de melhor argumento ou realização, o que colocou a Academia numa posição desconfortável. No entanto, Boone afirma estar orgulhosa dos nomeados deste ano e garante que a organização está a fazer “grandes progressos” em relação à diversidade.

Boone é a primeira afroamericana a presidir a Academia e disse à agência de notícias AP que tem um “compromisso com a busca por diversidade de vozes e opiniões”.

“Nos últimos dois anos, avançamos muito em relação ao passado, tornando-nos uma organização mais diversa e inclusiva através da admissão de novos membros”, ela afirmou.

Contudo, Boone confessa que “adoraria” ver mais diversidade também entre os nomeados.

#OscarsSoWhite

Depois de conhecidos os nomeados para os Óscares deste ano, o evento foi alvo de ironias na Internet, com mensagens a usar a hashtag #OscarsSoWhite (Óscares muito brancos, em tradução livre), em referência à ausência de atores negros entre os nomeados.

Muitos atentaram para o fato de que tanto a realizadora Ava DuVernay e o ator David Oyelowo, do filme “Selma”, terem ficado de fora da lista deste ano.

O filme aborda a luta pelos direitos civis de negros promovida pelo ativista Martin Luther King Jr. nos Estados Unidos.

No prémio Critic’s Choice, outro ator de “Selma”, Wendell Pierce, disse que seria “uma grande surpresa” se Oyelowo não fosse nomeado depois que as pessoas o vissem no filme.

Por norma, os candidatos de cada categorias são eleitos por membros da Academia da mesma área de atuação – atores elegem atores, e por aí em diante -, sendo assim que os sete mil membros escolhem os vencedores.

Cheryl Boone argumentou que “Selma” foi celebrado pela sua nomeação para melhor filme, categoria na qual todos os membros da academia participam da escolha.

A presidente disse que, apesar de a Academia continuar a esforçar-se para se tornar mais diversa, os estúdios como um todo deveriam fazer o mesmo.

“Esperamos que a indústria cinematográfica também progrida e se torne mais diversa e inclusiva.”

ZAP / BBC

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