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Prejuízo da CGD baixa para 39 milhões de euros no primeiro trimestre

Rodrigo Gatinho / portugal.gov

O Ministro da Saúde, Paulo Macedo

Paulo Macedo

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) registou um resultado líquido negativo de 38,6 milhões de euros entre janeiro e março, uma melhoria face ao prejuízo de 74 milhões de euros no primeiro trimestre do ano passado.

“Os resultados estão em linha com o plano estratégico, revelam rácios de capital bastante adequados e uma boa evolução em termos de liquidez. Há também uma melhoria da margem e do produto bancário”, afirmou Paulo Macedo, presidente executivo do banco público durante a conferência de imprensa de apresentação das contas.

Segundo a CGD, o resultado líquido do trimestre foi “impactado por custos não recorrentes de 58 milhões de euros (42,1 milhões de euros líquido de impostos)” e o “resultado líquido recorrente atingiu 3,5 milhões de euros”.

Sobre o fecho de balcões do banco público, nomeadamente em Almeida, o presidente da Caixa voltou a criticar a tentativa de aproveitamento político que tem existido, destacando que o foco da gestão é servir os clientes.

“Todos os dias, o que nós vemos é diferentes atores políticos a quererem arrastar a CGD para a arena política. Diferentes partidos e autarcas. Mas a CGD tem é que servir os seus clientes. A sua principal responsabilidade é com os seus depositantes. Não com partidos nem autarquias”, afirmou.

Macedo garantiu que, quanto ao encerramento de agências, “a CGD não recebeu qualquer pedido do Governo para ter mais cuidado com esta ou aquela situação”.

Não teve absolutamente nenhuma pressão, nem foi preciso resistir, porque não houve pressão. Quando foi decidido o fecho das agências não se sabia qual era a cor do partido”, adiantou.

Questionado sobre o fecho da agência de Almeida, em concreto, Paulo Macedo voltou a dizer que os clientes da CGD naquela localidade podem levantar as suas pensões através da caderneta, revelando que três quartos das transações feitas aos balcões nessa região são atualizações da caderneta.

“Outra alternativa é fazê-lo através de um cartão de débito. Admitindo que ainda há outra faixa de pessoas que precisa de apoio, disponibilizámo-nos para isso. Posso avançar que o dia de pagamento das pensões já passou e correu tudo normalmente. Foram menos de dez pessoas que pediram ajuda para receber as pensões”, referiu.

Paulo Macedo realçou ainda que “a CGD hoje em dia não tem qualquer benefício por ser um banco público” e que “não há ninguém que dê o privilégio à CGD se ela não for competitiva”.

O responsável bancário vincou que o “encerramento de agências que está previsto no plano de reestruturação, à semelhança do que todos os bancos portugueses com dimensão estão a fazer e que vão continuar a fazer este ano e no próximo, tem um conjunto de elementos de mitigação”.

Sobre as declarações do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que a propósito da polémica do fecho de balcões da CGD pediu “serenidade democrática”, Paulo Macedo assinalou a predisposição da administração do banco para dialogar.

É preciso dialogar. A CGD falou com mais de 13 presidentes de câmara. Agora, é melhor não dialogar com quem está a infringir o código penal. A ocupação de uma agência não é legal. Ocupar uma agência de um banco é punível pelo código penal”, rematou.

ZAP // Lusa

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