Marcello Casal Jr / ABr
A mulher desapareceu no final de 2003 e morreu atropelada em Espanha em janeiro de 2004. O seu corpo só foi identificado esta semana.
Descobriu-se agora que mulher portuguesa que desapareceu no final de 2003, afinal, morreu em Espanha no início de 2004, tendo o seu corpo só sido identificado esta semana.
Aos 43 anos, Maria José Moreira desapareceu de S. Mamede de Infesta, em Matosinhos, alegando que ia sair de Portugal. “Ela não andava bem e disse ‘Ó mãe, vou para a Alemanha. Tem lá uma instituição onde já estive e vou para lá’. Nunca mais a vi”, revela Maria Émília Costa, mãe da mulher ao Correio da Manhã.
Esta segunda-feira, a família finalmente descobriu o que acontece a Maria José. As autoridades revelaram que a mulher morreu atropelada a 13 de janeiro de 2004, em Espanha, numa estrada que faz a ligação entre a Corunha e Madrid.
Na altura do acidente, Maria José não tinha os seus documentos de identificação consigo e os esforços das autoridades espanholas e internacionais para descobrir de quem se tratava nunca deram em nada.
Em setembro de 2022, o laboratório da Guardia Civil de León retomou as tentativas de identificar os cadáveres cuja identidade é desconhecida. Num esforço de colaboração com outros países que incluiu a partilha de impressões digitais, foi possível confirmar que o corpo se tratava de Maria José Moreira.
“É o desfecho fatal que não esperávamos. Estamos muito abalados”, afirma António Moreira, o único filho de Maria José, que frisa que “o Estado espanhol falhou“. “Só agora chegam a mim?”, questiona.
O corpo de Maria José foi sepultado numa vala comum, no cemitério de Ponferrada, na província de León. A família quer agora apoio para trasladar os restos mortais da mulher, mas antes quer ainda “averiguar o que se passou”.
