Limitar uma proteína pode mantê-lo mais jovem (e saudável) durante mais tempo

Investigadores da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, descobriram que limitar a produção da proteína PLA2G7 produz os mesmos benefícios para o nosso organismo do que manter uma dieta pobre em calorias.

A redução da ingestão calórica repõe o metabolismo e melhora o sistema imunitário, permitindo-nos viver mais tempo com uma melhor saúde.

De acordo com um novo estudo, publicado em fevereiro na revista Science, limitar a produção da proteína PLA2G7 produz os mesmos benefícios para o nosso organismo.

A mais recente descoberta pode abrir a porta a novos tratamentos para “melhorar a função imunitária, reduzir a inflamação e aumentar a esperança de vida”, detalha a equipa da universidade norte-americana.

Segundo o El Confidencial, investigadores do Centro de Investigação Biomédica de Pennington conduziram um ensaio clínico – que envolveu mais de 200 participantes – sobre como a restrição calórica afeta seres humanos saudáveis.

A equipa dividiu os voluntários em dois grupos: o primeiro foi convidado a reduzir o seu consumo calórico em 14%, enquanto o segundo grupo podia continuar a comer como habitualmente.

No final da experiência, que durou dois anos, os cientistas descobriram que aqueles que tinham reduzido a sua ingestão calórica geraram mais células T, linfócitos que desempenham um papel fundamental na função imunológica e retardam o processo de envelhecimento.

“À medida que as pessoas envelhecem, o seu timo [um órgão especializado do sistema imunitário localizado perto do coração] encolhe e produz menos células T. Como resultado, os idosos têm mais dificuldade em combater infeções e certos tipos de cancro”, explicou o especialista Eric Ravussi.

Os investigadores decidiram estudar o timo dos participantes utilizando técnicas de imagem por ressonância magnética e descobriram que as glândulas dos que reduziram a ingestão calórica tinham menos gordura e produziam mais células T do que no início do estudo.

Já no grupo que manteve a sua dieta normal, não foi observada qualquer alteração.

Depois, a equipa analisou as células T dos voluntários, sequenciou os seus genomas e chegou à conclusão de que não houve alteração ao fim de dois anos. Isto encorajou os cientistas a estudar o comportamento da gordura corporal dos participantes com restrições calóricas – e aí obtiveram resultados surpreendentes.

“Encontrámos mudanças notáveis na expressão genética no tecido adiposo após um ano que também foram mantidas durante o segundo ano”, disse Vishwa Deep Dixit, diretor do Centro de Investigação sobre o Envelhecimento de Yale.

“Isto permitiu-nos descobrir alguns genes envolvidos na longevidade em animais, mas também marcadores que imitam a restrição calórica e que poderiam melhorar a resposta metabólica e anti-inflamatória nos seres humanos”, acrescentou.

Um desses marcadores está na proteína PLA2G7: a redução da sua produção em ratos produziu os mesmos resultados que a limitação da ingestão calórica nos seres humanos.

Além disso, o timo dos ratos permaneceu funcional durante um período de tempo mais longo; os animais não sofreram o aumento de peso que se supunha da sua dieta; e foram protegidos de inflamações relacionadas com a idade.

Assim, para

ZAP //

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.