“Tentei fugir e levei porrada dos três fiscais”. EMEL tira das ruas funcionários que agrediram homem

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A agressão terá acontecido porque o homem parou o carro em frente à entrada para uma garagem. A vítima ficou com o nariz partido e pode ter de ser operada. Moedas quer a abertura de um inquérito.

A EMEL tirou das ruas os três fiscais que agrediram um homem em Lisboa pelas 12h na segunda-feira, na Avenida da República, em Lisboa.

O homem ficou com o nariz e vários dentes partidos. Já teve alta médica, mas ainda pode vir a ter de ser operado ao nariz. O conflito terá acontecido porque Hélder M. parou o carro em frente a uma entrada para uma garagem para esperar pela mulher. O estacionamento é proibido, mas as paragens são legais.

De acordo com Hélder M., um funcionário disse que ia passar um auto tendo o homem dito que ia chamar a polícia. “Foi neste momento que um outro funcionário, que vinha atrás numa carrinha da EMEL, se aproximou. Encostou a cabeça à minha testa e começou a insultar-me. Disse-lhe que a conversa não era com ele e levei um soco. Caí redondo no chão. Tentei fugir e levei porrada dos três fiscais. Até que outras pessoas conseguiram proteger-me e afastá-los”, conta ao Correio da Manhã.

O condutor garante que pára naquele sítio todos os dias. “Já passou Polícia Municipal, PSP, GNR, pessoal da EMEL e nunca aconteceu nada. Porquê? Porque eu estou lá, de quatro piscas ligados e com o carro a trabalhar. É uma questão de três, quatro minutos. Eu não abandono o carro“, assegura.

Hélder M. já reportou o caso à polícia. Várias testemunhas confirmam o seu depoimento e negam que o homem tenha agredido ou insultado os fiscais, algo que a EMEL insinuou no comunicado onde reagiu ao caso.

“A EMEL reconhece as dificuldades do exercício das funções dos seus agentes de fiscalização de trânsito, tantas vezes alvo de intoleráveis agressões físicas e psicológicas no exercício das suas funções, como foi hoje o caso”, afirmou a empresa. Ainda assim foi aberto um inquérito interno e os três fiscais foram colocados em funções onde não têm contacto com o público.

A situação já foi comentada por Carlos Moedas, que considera que a agressão “não poderia ter acontecido”. “Já pedi a abertura de um inquérito para ver e apurar exatamente o que se passou, mas estas situações não podem acontecer. A minha visão política para a EMEL não é uma visão punitiva para as pessoas, mas sim trabalhar com elas para soluções de estacionamento. Portanto, este comportamento, se assim foi, é inaceitável para uma empresa pública e, portanto, as consequências serão retiradas”, garantiu o autarca de Lisboa.

ZAP //

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