Lagarde prevê crescimento “dececionante e desigual” em 2016

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International Monetary Fund / Flickr

Christine Lagarde, diretora-geral do FMI

Christine Lagarde, diretora-geral do FMI

A diretora-geral do FMI continua apreensiva para o ano de 2016, pois acredita que o crescimento da economia se vai manter “dececionante e desigual”.

Esta foi a opinião expressada por Christine Lagarde, diretora-geral do Fundo Monetário Internacional, num artigo de opinião publicado esta quarta-feira no jornal alemão Handelsblatt.

A diretora acredita que o ano de 2016 vai continuar marcado por vários problemas, nomeadamente, pela estagnação da economia chinesa, pelo aumento das taxas de juro nos Estados Unidos, pela fragilidade no sistema financeiro de diversos países e, por exemplo, os problemas com a baixa do preço do petróleo.

“Tudo isto significa que o crescimento em 2016 será dececionante e desigual“, defendeu Lagarde, citada pela agência Lusa.

“As perspetivas a médio prazo serão igualmente sombrias, atendendo à fraca produtividade, à população envelhecida e à continuação da crise financeira mundial, que trava o crescimento”, sustenta.

Também a grande mudança do banco central norte-americano (Fed), que este mês pôs termo às taxas zero, e fez com que o preço do dinheiro aumentasse, merece destaque por parte da diretora do FMI.

A Fed está a fazer um exercício de equilibrismo: normalizar as taxas de juro e, ao mesmo tempo, afastar o risco de disfunção nos mercados financeiros”, argumentou.

Porém, e de uma forma geral, mesmo fora do círculo dos países desenvolvidos, “os países estão mais bem preparados para lidar com o aumento das taxas de juro”, considerou.

“Muitos países endividaram-se, uma parte considerável dos quais em dólares”, recordou Lagarde, alertando que “as taxas de juro em alta e um dólar mais forte podem conduzir a um incumprimento de pagamentos por parte das empresas, que se pode propagar perigosamente aos bancos e aos Estados”.

ZAP

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