As mensagens de um dos arguidos na Operação Pretoriano incriminam a esposa de Fernando Madureira, que terá sido encarregada de ameaçar os sócios que filmassem a assembleia-geral.
Sandra Madureira, esposa de Fernando Madureira, conhecido por “Macaco” e líder dos Super Dragões, está implicada na Operação Pretoriano e as mensagens obtidas na investigação revelam o seu envolvimento nos atos de intimidação durante a assembleia geral do FC Porto.
Após recusar fornecer o código de acesso ao seu telemóvel, a mulher do líder da claque portista foi incriminada por mensagens encontradas no dispositivo de outro arguido, Carlos “Jamaica”. As mensagens indicam que Sandra Madureira reconheceu o terror vivido pelos sócios e que participou nas ameaças a quem se opunha à mudança dos estatutos no clube, avança o Correio da Manhã.
Apesar de Sandra Madureira ter recusado prestar declarações ao juiz Pedro Miguel Vieira, o magistrado sublinhou que a esposa de “Macaco” desempenhava um papel específico na assembleia, sendo encarregada de ameaçar ou agredir quem tentasse filmar o que se estava a passar.
Atualmente, Sandra Madureira encontra-se em liberdade, mas sujeita a medidas de coação, como apresentações regulares na esquadra da PSP em dias de jogos. A esposa de “Macaco” tem também de se apresentar às autoridades três vezes por semana e o juíz ordenou que lhe fosse comunicado de imediato se houvesse um incumprimento.
Este caso surge no contexto de uma investigação mais ampla após buscas na residência do casal, onde foram apreendidos mais de 41 mil euros em dinheiro. O Ministério Público decidiu abrir um novo processo com base em evidências adicionais obtidas, incluindo conversas sobre um esquema de venda de bilhetes no mercado negro supostamente liderado por Fernando Madureira.
Sandra Madureira também solicitou permissão para visitar o marido, que se encontra em prisão preventiva, esperando-se que tal visita ocorra em breve.
As autoridades continuam a investigar o alcance total deste esquema, com várias conversas relacionadas a bilhetes a ser anexadas à investigação em curso, prometendo mais revelações à medida que o caso se desenrola.
Um forte núcleo de droga e corrupção sob a capa de uma claque. Pinta da Costa tinha-os como uma guadra pretoriana , mesmo andando eles a roubar o clube há váriaos anos. Macaco e a mulher já tinham desviado milhões.