Foi desmantelada uma rede “empresarial” composta por nove pessoas que distribuía sinal de TV pirata através da Internet para todo o país, a partir de Paços de Ferreira.
A notícia é avançada pelo Jornal de Notícias, que dá conta de que a rede desmantelada pela Polícia Judiciária (PJ), composta por nove pessoas, seria uma das maiores organizações de streaming ilegal do território nacional.
A rede, que se chamava “IPTV do Sogro”, tinha um site onde os clientes — mais de mil — podiam escolher diferentes pacotes de serviços de televisão, com tarifários mensais ou anuais, e causou cerca de meio milhão de euros de prejuízo à operadora NOS.
Era uma autêntica “Netflix pirata” que até propunha aos clientes a possibilidade de ligar mais do que um televisor em simultâneo, escreve o JN, referindo que os preços variavam entre os sete euros mensais e os 90 anuais, para quem queria duas conexões.
Os indivíduos por trás desta rede, com idades entre 35 e 55 anos, lucraram cerca de 150 mil euros nos últimos dois anos e estariam baseados no concelho de Paços de Ferreira, onde foram apreendidos servidores que permitiam a distribuição ilegal de sinal.
Também foram realizadas buscas em Vila Nova de Gaia, no Algarve, Alentejo e Grande Lisboa, onde a rede tinha revendedores.
O esquema passava pela contratação legítima de um serviço de televisão paga, junto da NOS, com todos os canais disponíveis incluídos — desde canais de filmes, às SportTV, mas também canais estrangeiros e conteúdos para adultos.
Com recurso a material informático de ponta, que permitia a receção e amplificação do sinal, a rede redistribuía o serviço em larga escala.
Nas buscas, parte da Operação Dark Stream, foram apreendidos “seis bastidores de servidores e diverso outro material informático de suporte à atividade criminosa, além do saldo de contas bancárias, cerca de 8 mil euros em numerário e um veículo”, disse a PJ.