Investigadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, desenvolveram o DeepCubeA, um algoritmo capaz de resolver o desafio do Cubo de Rubik em pouco mais do que um segundo.
De acordo com a equipa de investigadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, o sistema aprendeu por si a melhor forma de resolver o famoso Cubo de Rubik.
“A lógica de pensamento da Inteligência Artificial é completamente diferente da dos humanos”, começou por explicar o professor Pierri Baldi, um dos autores do artigo científico publicado na revista científica Nature Machine Intelligence.
“Foi como uma criança. Primeiro demos-lhe os problemas mais fáceis e progressivamente os mais complexos”, continuou, citado pela Exame Informática.
Este algoritmo não se trata de um robô que, com pequenos dedos metálicos, consegue resolver um cubo mágico. É apenas um software que conseguiu aprender, de forma faseada, como chegar à combinação perfeita, com o menor número de movimentos possível.
Segundo o Sci-News, o algoritmo foi confrontado com mais de dez mil milhões de combinações possíveis e apresentado com o objetivo de ter de o descodificar em 30 movimentos. O DeepCubeA conseguiu testar mais mil desafios e resolvê-los todos, fazendo-o 60% das vezes com o mesmo número ou menos do que os humanos.
Este ano, Philipp Weyer, o campeão humano em resolver este desafio, conseguiu a proeza em sete segundos – um tempo, por si só, surpreendente. Em média, um humano precisa de 50 movimentos para solucionar o Cubo de Rubik. Este software precisou de apenas 20.
Baldi explica que o mesmo raciocínio e método podem ser usados para treinar um robô para limpar uma cozinha, por exemplo. A cozinha pode estar suja e desarrumada de uma série de maneiras diferentes, mas o resultado final tem de ser sempre o mesmo, exlplica o investigador. A simulação do DeepCubeA está disponível na Internet.
Entre humanos e Inteligência Artificial há uma diferença: “a estratégia“. “A solução para o cubo de Rubik envolve mais pensamento simbólico, matemático e abstrato. Uma IA capaz de quebrar um quebra-cabeças está cada vez mais perto de se tornar um sistema que pode pensar, raciocinar, planear e tomar decisões”, afirmou Pierri Baldi.
“Sendo assim, o meu melhor palpite é que a forma de raciocínio da Inteligência Artificial é completamente diferente da de um ser humano”, rematou.