Quando é que os humanos serão extintos?

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Provavelmente é uma questão de quando e como. Não há um “se” neste assunto.

Quem manda na Terra, para o bem e para o mal, é a humanidade. O Homo sapiens, há cerca de 300 mil anos, de acordo com a História.

Domínio eterno? Nem por isso.

Esta “dinastia” vai durar, no máximo, mil milhões de anos. Ou então, até ao momento em que a expansão do sol seja tal, que aqueça tanto o planeta que passa a ser impossível viver cá. A Terra deverá ficar com temperatura semelhante à actual de Vénus.

Claro que mil milhões de anos é muito tempo. Há mil milhões de anos, a vida na Terra era só micróbios e pouco mais.

Não temos noção de como será a vida na Terra daqui a mil milhões de anos. Há cientistas que defendem que a atmosfera da Terra terá cada vez menos oxigénio e, por isso, os micróbios anaeróbicos serão os últimos habitantes resistentes neste planeta. Nada de humanos, nessa altura.

Suposições, estudos. Diz-se que nenhum de nós estará vivo para ver o que vai acontecer.

Até quando?

O paleontólogo Henry Gee lembra que, normalmente, as espécies de mamíferos sobrevivem um milhão de anos. Com 300 mil anos de idade, somos jovens, portanto.

No entanto, o Homo sapiens poderá escapar a essa tendência: “Os humanos são uma espécie bastante excepcional. Podemos durar milhões de anos, ou podemos todos cair na próxima semana“, avisou, na revista Scientific American.

Quando seremos extintos, então? Num ataque de asteroides? Numa guerra nuclear mundial? Abafados pelas alterações climáticas, num ritmo mais lento? Pela tecnologia…?

Mas… Aí entra outra hipótese, que provavelmente o leitor já estará a pensar: sim, os seres humanos vão desaparecer da Terra – e os outros planetas? Habitaremos em Marte? Na Lua? Noutro? Ainda nos chamaremos humanos nessa nova fase?

Podemos fugir de um asteróide ou da explosão do Sol. Mas o artigo sublinha um aspecto se calhar ainda mais próximo, cronologicamente?

Já mencionámos uma eventual guerra nuclear, as alterações climáticas, um colapso ecológico. E deixámos para o fim, propositadamente, a tecnologia.

A nossa própria tecnologia pode acabar connosco: num mundo de inteligência artificial cada vez mais próximo e real, os “produtos” dessa inteligência artificial poderão decidir extinguir os seus próprios criadores.

Voltando à guerra nuclear, a hipótese (será remota?) de um conflito nessa escala entre Rússia e EUA poderia matar rapidamente 360 milhões de pessoas, por exemplo.

E seguir-se-ia um fenómeno provavelmente ainda maior: o “inverno nuclear”, onde os incêndios enormes e imensos iriam alterar o planeta. E ainda a forte possibilidade de fome global – que mataria 5 mil milhões de pessoas em 2 anos.

Somos resistentes. Por isso, provavelmente só uma combinação de catástrofes é que nos vai eliminar mesmo. Quando recordamos extinções em massa e colapsos sociais, nunca é apenas uma coisa que acontece.

E, repare o leitor, na quantidade de vezes que, já hoje, falamos sobre guerra nuclear, inteligência artificial e alterações climáticas…

As crises já estão aí. Vão é atingir outras escalas.

Já agora, uma pandemia não vai extinguir o ser humano, defendem os especialistas.

ZAP //

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