A assistência na área da patologia vascular cerebral na área da Região de Lisboa e Vale do Tejo vai estar assegurada, em janeiro, através de um sistema rotativo entre hospitais.
Nos próximos fins-de-semana de janeiro, será um hospital diferente da zona de Lisboa a garantir assistência a pacientes com doenças vasculares cerebrais, um sistema decidido pelo Ministério da Saúde.
Entre os hospitais estão, em Lisboa, o São José, o Santa Maria e o São Francisco Xavier e, em Almada, o Garcia de Orta, garantindo assim a assistência nesta região.
“No que concerne ao aneurisma vascular cerebral determinou-se que o Centro Hospitalar Lisboa Norte, EPE (CHLN), o Centro Hospitalar Lisboa Central, EPE (CHLC), o Centro Hospitalar Lisboa Ocidental, EPE (CHLO) e o Hospital Garcia da Orta, EPE (HGO) garantirão assistência permanente, 24 horas sobre 24 horas, a todos os doentes com esta patologia”, lê-se no comunicado, citado pelo jornal Público.
Aos fins-de-semana, o São José garante a assistência de 1 a 3 de janeiro e novamente nos dias 30 e 31, o Santa Maria a 23 e a 24 de janeiro, o São Francisco Xavier a 9 e a 10 e Garcia de Orta a 16 e a 17.
Esta escala de assistência é meramente provisória, uma vez que o Ministério está já a preparar “uma resposta definitiva no âmbito da reorganização das urgências em Lisboa, para entrar em vigor a 1 de Fevereiro”.
Nos últimos dias têm sido noticiados casos de alegada ausência de cuidados médicos nos hospitais de Lisboa, nomeadamente no São José, com o caso de David Duarte, o jovem de 29 anos que acabou por falecer enquanto esperara para ser operado a um aneurisma.
O Ministério Público abriu, de imediato, um inquérito sobre o caso e também o atual ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, demonstrou a sua preocupação face à falta de recursos nesta área da saúde.
O ministro decidiu constituir um grupo de trabalho para avaliar os “constrangimentos existentes” e para “preparar as soluções para as disfunções identificadas” nos serviços de urgência de Lisboa.
ZAP