Guardas prisionais defendem fecho temporário de todas as cadeias

Paulo Cunha / Lusa

O principal sindicato dos guardas prisionais defende que todos os estabelecimentos prisionais deveriam ser fechados ao exterior por precaução, impedindo as visitas temporariamente.

Jorge Alves, presidente do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional, referiu em declarações ao Expresso que “a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais deveria estar a agir preventivamente, e não reativamente”. “Só estão a fechar as cadeias a conta-gotas, quando a medida deveria ser generalizada a todas elas.”

Atualmente, existem três estabelecimentos prisionais com uma elevada taxa de casos positivos de covid-19: na prisão de Tires são mais de 150 as reclusas e funcionários infetados; no Estabelecimento Prisional de Lisboa há registo de 93 reclusos e 6 trabalhadores com covid-19; e na cadeia de Guimarães foram detetados 23 reclusos positivos.

Para o representante do sindicato dos guarda prisionais, a proibição de visitas e a suspensão das atividades laborais e escolares deveria ser estendida ao resto das cadeias. “Se isto não acontecer, corre-se um risco sério de vir a crescer o número de reclusos, guardas e funcionários infetados com a covid-19 devido ao contacto com as visitas e à maior circulação de reclusos.”

Além disso, Jorge Alves sustenta que o facto de haver cadeias abertas e outras fechadas pode “gerar revolta” entre os reclusos que não estejam infetados e de quem também tenha sido afetado pelas restrições nas três prisões.

O presidente do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional revela ainda que há mais cadeias com casos positivos, embora alguns dos infetados já estejam em recuperação. São os casos dos estabelecimentos prisionais do Porto, de Castelo Branco e de Bragança.

ZAP //

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