Funcionário de um parque natural no Canadá recusou matar crias de urso. Acabou suspenso

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Um guarda florestal recusou pôr fim à vida de crias de urso e foi suspenso das suas funções. Em tribunal, Bryce Casavant acabou por vencer a batalha legal.

“Sinto que as nuvens negras que pairaram sobre a minha família durante anos estão finalmente a começar a dissipar”, confessou o guarda florestal Bryce Casavant, ao The Guardian.

Casavant trabalhava num parque perto da cidade de Port Hardy, na Colúmbia Britânica, no Canadá, e foi suspenso por se ter recusado a matar duas crias de urso. Segundo a imprensa, foi criada inclusivamente um apetição para reverter a suspensão de Bryce Casavant, que recebeu mais de 130 mil assinaturas.

O urso fêmea, mãe das crias, foi morta depois de invadir, pela segunda vez, uma propriedade rural. Após o incidente, no dia 5 de julho de 2015, as crias – um macho e uma fêmea que receberam o nome de Jordan e Athena – voltaram ao local à procura da sua progenitora.

O Serviço de Conservação Ambiental foi chamado ao local e uma equipa, formada por bombeiros e pelo agente Bryce Casavant, conseguiu tirar as crias do cimo de uma árvore. A ordem era matar os animais, mas Bryce resolveu levá-los a um hospital veterinário.

As crias encontravam-se bem de saúde, pelo que Casavant decidiu transportá-las até uma instituição que promove a reabilitação de animais selvagens, a North Island Wildlife Recovery Association. Mas a sua decisão trouxe consequências agridoces: o Serviço de Conservação Ambiental da Colúmbia Britânica suspendeu o agente temporariamente.

O guarda florestal defende que não havia motivos para sacrificar as crias, uma vez que estavam saudáveis e não representavam qualquer ameaça à sociedade. No entanto, essa ação custou-lhe anos de uma luta incessante contra a sua demissão em vários tribunais (a última delas, na semana passada).

Na decisão datada de 4 de junho, a juíza Lauri Ann Fenlon, do B.C. Court of Appeal, escreveu que o desafio de Casavant “desencadeou uma série de processos mal-considerados” nos termos do Código de Relações de Tranbalho. A juíza determinou, assim, que a Junta do Trabalho não tinha autoridade para tratar do assunto e que a demissão de Casavant deveria ter sido tratada de acordo com a Lei da Polícia.

Os outros juízes do painel, o juiz Peter Willcock e John Hunter, concordaram com a decisão.

ZAP //

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2 Comments

  1. “Casavant trabalhava num parque perto da cidade de Port Hardy, na Colúmbia Britânica, Estados Unidos (…)”

    A Columbia Britânica pertence ao Canadá. Corrijam sff, ZAP.

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