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Fim do mundo: estas são as 8 mais prováveis (e horríveis) formas de acontecer

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A nossa atmosfera, a proximidade da Terra ao Sol e um conjunto de outras circunstâncias permitem a sobrevivência e a evolução da vida. No entanto, todas as coisas boas chegam um dia ao fim. Cientes disto, os cientistas tentam identificar as formas mais prováveis de levar a humanidade à extinção.

Um dia, a Terra será inóspita para qualquer forma de vida. No entanto, a vida no nosso planeta não cessará tão cedo, levará provavelmente mil milhões de anos. Ou então, e dependendo das vicissitudes da astrofísica, o fim do mundo pode também acontecer amanhã ou em qualquer outro momento.

Ao longo dos anos, os cientistas foram apresentando várias hipóteses para o fim do mundo. E estas são as 8 formas mais prováveis de o Apocalipse acontecer.

1. O arrefecimento do núcleo da Terra

A Terra é cercada por um escudo protetor magnético, apelidado de magnetosfera. Este campo é gerado pela rotação da Terra, que gira numa casca espessa de ferro líquido e níquel – o núcleo externo – em torno de uma bola sólida de metal – o núcleo interno – criando um enorme dínamo elétrico.

A magnetosfera desvia as partículas energéticas lançadas do Sol, alterando o seu tamanho e forma ao serem atingidas. A inundação que resulta da entrada das partículas de alta energia no ar da Terra pode provocar belas auroras ou, por vezes, tempestades geomagnéticas disruptivas.

Mas, se o núcleo arrefecer, a Terra perde a magnetosfera, ou seja, perde o seu campo magnético e a sua proteção contra os ventos solares que, lentamente, lançariam a nossa atmosfera para o espaço. Marte, planeta que outrora foi rico em água e atmosfera espessa, sofreu deste destino há mil milhões de anos atrás, ficando a atmosfera quase sem ar e, aparentemente, sem vida como a conhecemos.

O arrefecimento do núcleo da Terra levaria o nosso planeta a perder o seu campo magnético e a atmosfera e, a sua inexistência causaria a extinção da vida.

2. A morte ou expansão do Sol

O Sol, e a nossa posição relativa à estrela, é talvez o componente mais importante na nossa existência. No entanto, o Sol é uma estrela e, tal como todas as estrelas, pode morrer. Atualmente, o Sol está no meio da sua vida, convertendo constantemente o hidrogénio em hélio através da fusão.

No entanto, esta situação não vai durar para sempre. Daqui a mil milhões de anos, o Sol ficará com pouco hidrogénio e começará a fundir hélio. Esta será uma reação bem mais energética, capaz de empurrar as camadas do Sol para fora e, possivelmente, puxar a Terra na direção do Sol. Ou seja, seríamos incinerados e depois vaporizados.

A expansão do Sol poderia também causar a expulsão da Terra da sua órbita. O nosso planeta acabaria por morrer congelado, sem estar ligado a qualquer estrela e vagando pelo vazio.

3. A Terra “empurrada” para órbita mortal

Os planetas “vagabundos” são frequentemente expulsos dos seus sistemas solares durante a sua formação. De acordo com simulações recentes, de facto, estes planetas podem ultrapassar as estrelas na Via Láctea em 100.000 para um.

Um desses planetas “vagabundos” poderia entrar no Sistema Solar e desestabilizar a Terra para uma órbita extrema e inóspita. Um mundo que é grande o suficiente e pode chegar perto o suficiente poderia mesmo expulsar-nos completamente do Sistema Solar. Ou então, podia fazer com que a Terra colidisse com um planeta próximo, como Vénus ou Mercúrio.

Com o seu próprio planeta “vagabundo”, a Terra tornar-se-ia uma bola de gelo. Ao mesmo tempo, um empurrão gravitacional significativo poderia também criar estações extremas e mortais que alternariam entre o frio e extremamente quente.

4. A Terra colidir com um planeta “errante”

Em vez de apenas passa e interromper a órbita da Terra, estes mundos à deriva poderiam causar um impacto direto, colidindo com a Terra. E esta não seria um acontecimento sem precedentes: há cerca de 4,5 mil milhões de anos, um pequeno planeta caiu num maior do Sistema Solar – formando assim a Terra e a sua Lua.

Uma nova colisão também faria com que detritos voassem por todo o Sistema Solar e derreteria totalmente Terra. E, enquanto o novo planeta acabaria por se formar e arrefecer, ninguém sabe se este novo planeta seria habitável.

5. Asteróides bombardeavam a Terra

Esta é a hipótese de extinção mais amada por Hollywood e já gerou, inclusive, diversos filmes. As rochas provenientes do espaço podem ser bastante destrutivas – uma delas provavelmente levou à extinção dos dinossauros. E, embora fossem necessários muitos asteróides para dizimar completamente um planeta, esta é uma hipótese.

A Terra foi fortemente bombardeada por asteróides durante centenas de milhões de anos após a sua formação. Os impactos foram tão intensos que os oceanos ferveram durante um ano inteiro. Todas as formas de vida eram unicelular na época, e apenas os micróbios mais tolerantes ao calor sobrevivam.

As maiores formas de vida hoje certamente não conseguiriam sobreviver. A temperatura do ar poderia chegar aos 480º graus Celsius durante semanas, caso sofrêssemos um impacto semelhante a este.

6. Terra passar muito perto de um buraco negro

Os buracos negros podem ser a segunda forma de extinção favorita de Hollywood. E é fácil perceber porquê: os buracos negros têm tanto de misteriosos quanto de assustadores.

Não sabemos muito sobre buracos negros, mas sabemos que são tão densos que nem mesmo a luz pode passa para além do horizonte de um buraco negro. Os cientistas acreditam que os recoiled buracos negros estão a vaguear pelo espaço, como os planetas “vagabundos”. Não é inconcebível que algum deles possa passar pelo Sistema Solar.

Um pequeno buraco negro passaria inofensivamente pela Terra, mas algo de maior massa que a Lua causaria grandes problemas. Se nem a luz consegue escapar, a Terra definitivamente também não. Com a aproximação ao buraco negro, os átomos poderiam alongar-se ao ponto de se separarem completamente. Outros cientistas acreditam que iríamos até ao fim do universo ou acabaríamos num totalmente diferente.

De qualquer das formas, um buraco negro próximo da Terra poderia por si só causa terramotos e outras catástrofes ou podia também expulsar-nos do Sistema Solar, empurrando a Terra em direção ao Sol.

7. Explosão de raios gama

As explosões de raios gama, ou GRBs, são um dos fenómenos mais poderosos do Universo. A maioria resulta do colapso de estrelas massivas quando morrem. Uma explosão curta pode emitir mais energia do que o nosso Sol ao longo de toda a vida útil.

Esta energia tem o poder de erradicar a camada de ozono, inundar a Terra com luz ultravioleta e desencadear um rápido arrefecimento global. Na verdade, a radiação GRB para a Terra pode ter causado a primeira extinção em massa há 440 milhões de anos.

David Thompson, vice-diretor de projetos do Fermi Gamma-ray Space Telescope disse à National Geographic que os GRBs não são uma grande preocupação. Segundo Thompson, o risco da Terra se atingida por esta radiação é “equivalente ao que eu poderia enfrentar caso encontrasse um urso polar no meu armário.

8. Universo desfazer-se em pedaços, o Big Rip

A última hipótese é a que realmente poderia acabar com todo o Universo e não só com a Terra. A hipótese afirma que uma força misteriosa, chamada de energia escura, está a afastar o Universo a uma velocidade cada vez maior.

Se a aceleração continuar, como parece estar a acontecer, talvez em 22 mil milhões de anos a força que mantém os átomos juntos poderá falhar – e toda a matéria no Universo se dissolverá em radiação.

Mesmo supondo que o Big Rip seja um fracasso, ninguém sabe o que poderá acontecer após uma calamidade global que levará ao fim da humanidade. É possível que alguns micróbios sobrevivam para replantar uma forma de vida mais complexa.

Mas, se a nossa destruição será total, poderíamos, pelo menos, esperar encontrar outra forma de vida inteligente, a quem possamos apresentar os nossos cumprimentos.

13 Comments

    • Diz bem, um “novo” buraco negro. Porque o primeiro foi aquele do Passos donde ele nos tirou. Aquele mais troikista que a Troika, sabe?.. Dos 23% de IVA na restauração, das privatizações do país todo, do fim da isenção de medicamentos e taxas moderadoras para os deficientes profundos, etc… Mas deixe lá… Já lá vai!

  1. Há um pormenor… O artigo fala das formas mais prováveis de levar a humanidade à extinção.. E depois diz que é só daqui a mil milhões de anos.

    É evidente que a menos que a evolução das espécies congele ao dia de hoje, já não haverá qualquer ser humano nessa altura. Recordo que a extinção dos dinossauros se deu a 365 milhões de anos… Vejam lá que a espécie humana nessa altura era uma coisa tipo rato e o que se alterou até aqui. Agora ponham-lhe mais 3 vezes 365 milhões de anos em cima.

    • “Há” 365 milhões de anos… “HÁ”!.. Irra que é analfabruto! Não acredito que escrevi aquilo e enviei sem reparar!

      • Sim, tem toda a razão. Li isto há tantos anos quando o artigo sobre a descoberta da cratera no Yucatan na Science & Vie, que sem querer baralhei 65 com 365. Mas os 65 estavam lá, lol… Por vezes é o que dá escrever só de memória sem ir confirmar… Coisa que tendo a fazer pouco, todavia.

        Mas seja como for, ainda me dá mais razão. Se dos mais primitivos mamíferos evoluimos até ao Homo Sapiens em 65 milhões de anos, é evidente que já não existirão humanos daqui a mil milhões de anos. Entre evolução natural e extinções em massa, as formas de vida dessa época pouco ou nada terão a ver com as actuais.

  2. Deculpem, mas a forma mais provavel do fim do mundo é a 9: o Homem continua a fazer o que esta a fazer da mesma maneira com ele mesmo e com o ecosistema da planeta e en menos de 500 anos …. nada vai mais existir ! Sabem que portugal esta a viver a credito desde principio de Junho. Quer dizer que o que Portugal produz no ecosistema num ano, ja foi consumido pelos portugueses !

  3. O “C” de “facto”, em português de Portugal não deixou de existir no último acordo ortográfico porque é legível.

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