Europa volta a atingir estranho pico de mortes desde o início da pandemia

Mário Cruz / EPA

O ano de 2023 trouxe um novo período de excesso de mortalidade, o qual começou a 30 de janeiro e “ainda está a decorrer”.

Passados os anos mais duros da pandemia, seria de esperar uma estabilização da mortalidade nos países mais desenvolvidos, com sistemas de saúde robustos e capazes de responder a uma nova fase da assistência hospitalar. No entanto, os dados mais recentes mostram que o ano de 2022 ficou marcado por um excesso de mortalidade na maioria dos países europeus.

De acordo com o EuroMomo, um projeto de monitorização da mortalidade em excesso, nas últimas semanas do ano passado registou-se o segundo maior pico de óbitos acima do valor referência desde o início da pandemia — só superado pelo aumento da primavera de 2020, no início da crise sanitária.

França, Países Baixos, Áustria, Dinamarca e Bélgica, entre outros, foram alguns dos países que contribuíram para estes números. Já no que toca aos motivos, os especialistas apontam para as ondas de frio, a epidemia de gripe sazonal, mas também outros vírus respiratórios.

No que respeita ao caso português, também se assistiu a uma mortalidade acima do esperado no final de 2022, apesar de os números ficarem abaixo dos referentes aos invernos de 2018 e 2019.

Segundo o Departamento de Epidemiologia do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (Insa), um período de excesso de mortalidade em Portugal aconteceu nas últimas três semanas do ano, com 1099 acima do expectável. Este fenómeno, que decorreu entre 28 de novembro e 18 de dezembro, “correspondeu ao pico de atividade gripal em Portugal”.

Na região Norte, esta vaga foi mais longa e teve um impacto mais significativo: durou quatro semanas e resultou em 584 óbitos. O grupo etário com mais de 85 anos foi o mais atingido.

Segundo o jornal Público, o ano de 2023 trouxe um novo período de excesso de mortalidade, o qual começou a 30 de janeiro e “ainda está a decorrer“, atingindo em exclusivo a população com mais de 75 anos.

ZAP //

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