Israel indicou esta terça-feira que poderá não se envolver na estratégia do Presidente dos Estados Unidos (EUA), Joe Biden, em relação ao programa nuclear iraniano, apelando a novas sanções e a uma “ação militar confiável” contra o país.
O novo governo norte-americano quer um retorno ao acordo nuclear de 2015 com Teerão – do qual o ex-Presidente Donald Trump se retirou, restaurando as sanções – se os iranianos voltarem a se comprometer com as obrigações. Washington também disse que deseja conferenciar com aliados no Médio Oriente sobre tais medidas, noticiou a agência Reuters.
Contudo, o enviado de Israel a Washington, o embaixador Gilad Erdan, indicou que o país não fará “parte de tal processo se o novo governo [norte-americano] voltar ao acordo”. Se os EUA “voltarem ao mesmo acordo de que já se retiraram, toda a sua influência será perdida”, reiterou.
Israel não fez parte do acordo de 2015, mas os defensores no Congresso dos EUA e as ameaças de Netanyahu em tomar uma ação militar contra o Irão se considerar que a diplomacia não é a via, pesam nas decisões das grandes potências, continuou a Reuters.
“Parece que apenas sanções incapacitantes – manter as sanções atuais e até adicionar novas – combinadas com uma ameaça militar confiável podem levar o Irão a negociações reais com os países ocidentais, produzir, em última instância, um acordo verdadeiramente capaz de evitar o avanço” para armas nucleares, concluiu.