De grande estrela da TV à falência (e vive num parque de diversões)

Um resumo do percurso de Im Chae-moo, que era um galã nacional. No parque gasta-se muito dinheiro, mas por ele está tudo bem.

Im Chae-moo é o protagonista desta história. E tem uma história peculiar para relatar.

Era uma estrela da televisão da Coreia do Sul, um galã nacional e um dos atores mais bem pagos da década de 1980. Mas agora vive num pequeno parque de diversões que criou em 1990, chamado Doori Land.

Originalmente um símbolo do seu sucesso e um local para fortalecer os laços familiares, o parque tornou-se agora um fardo financeiro para o ator de 75 anos, obrigando-o a vender as suas propriedades, incluindo dois apartamentos e um iate, para o manter.

O sonho de criar um local para o lazer familiar surgiu quando Chae-moo, ao reparar em famílias que viviam em condições difíceis, prometeu usar o seu sucesso para construir um espaço seguro para o convívio.

Contudo, após anos de desastres e contratempos financeiros, Doori Land está agora à beira da ruína. Está falido, resume o Los Angeles Times.

As crises financeiras na Coreia do Sul, os desastres naturais e a taxa de natalidade em declínio esgotaram as poupanças de Chae-moo e deixaram-no profundamente endividado, com o parque a ter perdas significativas.

Nos últimos anos, introduziu um bilhete de 19 euros para cobrir os custos, mas ter lucro é ainda uma miragem.

Apesar da modernização limitada do parque, Chae-moo está determinado a mantê-lo aberto, mesmo com a imprensa a destacar os seus problemas financeiros, ironizando que o seu nome soa como a palavra “dívida” em coreano.

A esposa de Chae-moo, Kim So-yeon, trabalha agora ao seu lado na loja de presentes do parque e admite que a pressão financeira é esmagadora.

Apesar dos recursos limitados, o casal encontra alegria em momentos simples vividos no parque – que agora é a sua casa.

Para o sul-coreano, o parque é o propósito da sua vida.

Enquanto os seus filhos, que cresceram em condições privilegiadas, o incentivam a investir em propriedades mais estáveis, Chae-moo permanece firme, recusando deixar uma herança e sonhando em deixar apenas uma pequena placa como testemunho da sua vida e obra.

Mesmo enfrentando a ruína financeira, Chae-moo sente-se realizado, afirmando que uma vida com propósito tem mais valor do que a riqueza.

A sua visão duradoura para Doori Land—um espaço para a felicidade, livre de motivos financeiros—reflete a sua filosofia de que o valor do dinheiro é determinado, não pela acumulação, mas pelo seu uso para alcançar objetivos significativos.

ZAP //

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