Uma equipa de cientistas descobriu duas novas galáxias anãs. Até agora foram encontradas nove galáxias nos diferentes estudos.
Há anos que os astrónomos se preocupam em encontrar uma explicação para o facto de a Via Láctea ter menos galáxias satélite do que o modelo padrão de matéria escura prevê.
De modo a resolver esta situação, a equipa de investigadores utilizou dados da Hyper Suprime-Cam (HSC) Progama Estratégico Subaru (SSP) para descobrir duas galáxias satélite completamente novas. O HSC é uma câmara digital do Telescópio Subaru com cerca de 8 metros.
Num novo estudo, publicado este mês no Publications of the Astronomical Society of Japan, os cientistas reconheceram a possibilidade de existirem galáxias satélites pequenas por descobrir.
Segundo o Phys.org, a equipa descobriu estas novas galáxias anãs denominadas Virgo III e Sextans II com a ajuda do telescópio Subaru.
Até agora foram encontradas nove galáxias satélite, mas este número é ainda muito inferior às 220 galáxias satélite cuja existência é prevista pela chamada Teoria Padrão da Matéria Escura.
Por sua vez, a pegada do HSC-SSP não cobre de total forma a nossa galáxia. Se toda a distribuição das nove galáxias satélite por toda a Via Láctea for semelhante à que foi encontrada na pegada captada pelo HSC-SSP, a equipa de investigação calcula que, na realidade, poderão existir cerca de 500 galáxias satélite.
Por fim, é necessário obter mais imagens e análises de alta resolução de modo a caracterizar o número exato destas galáxias. Além disto, o estudo vai permitir que os investigadores desvendam os mistérios que rodeiam a matéria negra e que compreendam melhor a sua evolução.
“O próximo passo é utilizar um telescópio mais potente que capte uma visão mais alargada do céu. No próximo ano, o observatório Vera C., no Chile, vai ser utilizado para cumprir esse objetivo”, conclui o coautor do estudo, Masashi Chiba.