Devedores milionários do Novo Banco esconderam bens para não pagar as dívidas

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O Novo Banco está a ter dificuldades em recuperar o dinheiro que emprestou a vários grandes devedores que esconderam os seus bens em offshores.

O Novo Banco (NB), criado na sequência da resolução do Banco Espírito Santo (BES) em 2014, está a enfrentar desafios significativos na recuperação de dívidas de grandes devedores.

A Comissão de Acompanhamento do NB identificou casos de gestão danosa e má-fé negocial, levando o banco a apresentar queixas-crime contra vários devedores ao Ministério Público.

De acordo com o Correio da Manhã, diversos devedores foram acusados de desviar bens de forma dolosa, com o objetivo de dificultar a recuperação de créditos pelo NB. Entre os devedores envolvidos está Bernardo Moniz da Maia, líder da Sogema, atualmente sob investigação por suspeitas de fraude fiscal e branqueamento de capitais.

Os créditos em questão, incluindo os da Sogema, Ongoing e Prebuild, caracterizam-se pela falta de garantias adequadas ou pela sua inexistência, resultando em perdas significativas para o banco. Em algumas situações, o NB optou pela venda destes créditos a descontos substanciais, refletindo as dificuldades na sua recuperação. Por exemplo, o crédito da Sogema, no valor de 565,3 milhões de euros, foi vendido por apenas 5,7 milhões de euros, representando um desconto de 99,98%.

Estas vendas e os descontos mostram não apenas a desvalorização significativa dos créditos malparados, mas também as limitações do NB na recuperação de valores. A Comissão de Acompanhamento salientou a importância de reforçar internamente a recuperação de créditos, tanto por razões financeiras como ético-jurídicas, para combater comportamentos de incumprimento estratégico.

Adicionalmente, a denúncia contra Bernardo Moniz da Maia sugere um esquema de desvio de ativos para offshores, o que dificulta ainda mais os esforços de recuperação do NB e frisa a importância de uma vigilância mais eficaz para proteger os interesses do banco e, por extensão, dos contribuintes, dado que estes têm suportado os prejuízos através do Acordo de Capital Contingente.

ZAP //

5 Comments

  1. São eles a gente séria e “de bem” que se alimentam das nossas vidas e as viram do avesso.
    No fim, recebem o perdão, como qualquer inimputável acometido de um qualquer mal que o dispense de prestar contas.

  2. E prisão com eles ? Isso sim é que era , não têm Dinheiro retirem lhes a casa e metam-nos na Prisão, se a casa era dele e agora pertence a Filhos é retirar na mesma até que haja prova de compra da mesma

  3. E sabem o que eles fazem para se esconder ainda melhor? Eu explico: metem-nos a nós todos a guerrear uns com os outros e a culpar os imigrantes e a malta que recebe o RSI. Ok, há que haver controlo para evitar abusos, certo. Mas quantos RSIs não pagariam os milhares de milhões que nos têm gramado estes gatunos de gravatas?

    Os RSIs ao pé destes trafulhas são uma gotinha de água no oceano!

  4. Qualquer zarolho identifica facilmente como óbvio o que escreveu o comentador “AP”. A questão que se coloca é “e quem é que não diz um ai nem ui sobre o assalto permanente dos milionários, com o atraso que isso custa ao país e a pobreza em que vive tanta gente? É o PS, o PSD ou o Chega (que é financiado por muitos desses milionários que não pagam impostos e que fogem com o dinheiro para offshores)?
    E quem é que passa a vida a denunciar esse roubo na AR?

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