Os cinco maiores bancos nacionais tiveram 2,6 mil milhões de euros de lucro no primeiro semestre. O banco com o maior lucro foi a CGD e o Novo Banco foi o único a registar uma quebra.
Os cinco maiores bancos do mercado português registaram um aumento significativo nos seus lucros durante os primeiros seis meses de 2024. Juntos, o BPI, BCP, Caixa Geral de Depósitos (CGD), Novo Banco e Santander Portugal acumularam mais de 2,6 mil milhões de euros em lucros, o que se traduz em cerca de 15 milhões de euros por dia.
Este valor representa um acréscimo de 31,4% em relação ao mesmo período de 2023, quando os lucros foram de quase dois mil milhões de euros, aponta o Correio da Manhã.
A liderança em termos de volume de lucros pertence à Caixa Geral de Depósitos. Sob a direção de Paulo Macedo, o banco público alcançou 889 milhões de euros, um aumento de 46,2% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Este desempenho destaca a eficácia das estratégias implementadas pela gestão da CGD para maximizar a rentabilidade.
O Santander Portugal registou o segundo maior volume de lucros, totalizando 547,7 milhões de euros. Este resultado marca um crescimento impressionante de 64,2% face ao ano anterior, sob a liderança de Pedro Castro e Almeida.
O Banco Comercial Português (BCP), sob a liderança de Miguel Maya, também apresentou um desempenho positivo, com lucros de 485,3 milhões de euros, representando um aumento de 14,7% em comparação com o primeiro semestre de 2023.
O BPI, liderado por João Pedro Oliveira e Costa, reportou lucros de 327 milhões de euros, o que representa uma subida de 28% em relação ao ano anterior.
Por outro lado, o Novo Banco, presidido por Mark Bourke, foi o único dos cinco maiores bancos a registar uma ligeira queda nos lucros semestrais, com um total de 370,3 milhões de euros, uma diminuição de 0,8% face ao mesmo período de 2023.
A principal razão para este aumento substancial nos lucros conjuntos dos cinco maiores bancos portugueses reside no crescimento da margem financeira, impulsionada pelos altos juros cobrados pelo crédito. Este fator tem sido determinante para a rentabilidade dos bancos, permitindo-lhes alcançar estes resultados robustos num contexto económico desafiador.
Não tenho nada contra os lucros, mas quando passa do razoável, começo a desconfiar desta gente. Quando estavam com a corda no pescoço, entre 2007 e 2018, receberam 23,8 mil milhões de ajudas do Estado (de nós todos). Agora, se estão bem, e não restituíram esse dinheiro, que tenham pelo menos alguma contenção no que nos esmifram..