Uma equipa de cientistas de Taiwan descobriu um antioxidante que evitou a transmissão sexual do vírus Zika em ratos.
Esta quinta-feira, a publicação PLOS Pathogens revelou que uma equipa de investigadores da Academia Sinica de Taiwan descobriu que um antioxidante evita a transmissão sexual do vírus Zika em ratos.
Os cientistas trataram machos de rato com ebselen, um antioxidante e anti-inflamatório, e verificou que a droga sintética evita a transmissão do vírus Zika a fêmeas através do esperma.
Na ausência de medicamentos e vacinas contra a infeção por Zika, os cientistas estão a explorar oportunidades para prevenir a transmissão do vírus.
O Zika transmite-se entre pessoas sobretudo através da picada de um mosquito. Recentes estudos sugerem, no entanto, que a transmissão sexual pode acontecer mais frequentemente do que se pensava, de homens para mulheres.
A infeção de mulheres com Zika foi associada à microcefalia – cabeça e cérebro mais pequenos – em fetos e recém-nascidos. Surtos da doença foram identificados na América Latina, incluindo Brasil, em África e na Ásia.
Segundo os cientistas da Academia Sinica que realizaram o novo estudo, os resultados obtidos mostram o papel potencial da droga sintética ebselen na prevenção e no tratamento da infeção por Zika nas pessoas.
No estudo, os investigadores analisaram previamente os efeitos do Zika no tecido testicular dos ratos-macho e verificaram que o vírus causa danos nas células, incluindo as do esperma, aumentando a inflamação nos testículos. Os danos foram atenuados com a administração de ebselen.
ZAP // Lusa