A moda do turismo aéreo de Nova Iorque ou do Grande Canyon chegou ao Porto e Douro Vinhateiro e clientes ricos da Europa de Leste, automobilistas e futebolistas consagrados ou artistas e empresas internacionais gostam de a experimentar.
Os clientes dos passeios no ar na cidade invicta são na maioria (90%) turistas estrangeiros e mais de metade são europeus, designadamente ingleses, alemães, franceses e alguns com notoriedade internacional, contou à Lusa Rui Saraiva, o diretor da empresa Douro Azul para as áreas dos helicópteros, cruzeiros e autocarros turísticos.
Eventos desportivos, como o Rali de Portugal, o Campeonato do Mundo de Carros de Turismo (WTCC), a Liga dos Campeões ou festivais de música, como o NOS Primavera Sound são as alturas ideais para os clientes estrangeiros experimentarem o passeio aéreo de helicóptero no Porto.
Só no fim de semana do festival de música NOS Primavera Sound, nos dias 5 e 6 de junho, a empresa realizou dez voos com 30 pessoas.
Há também pedidos com alguma “extravagância” que chegam, principalmente, da Europa de Leste, onde clientes com alto poder de compra e que pedem sigilo requisitam o helicóptero para, por exemplo, uma semana de férias, com disponibilidade total do piloto, independentemente de voar ou não voar, e com passagem por Espanha, relata Rui Saraiva.
“Nós não fazemos tudo. Fazemos dentro daquilo que são as regras e as condições de segurança pedido pelas autoridades”, sublinha, explicando que os helicópteros não podem voar à noite para fazer turismo, apenas para fins militares ou de emergência médica.
A experiência de sobrevoar a cidade das seis pontes e apreciar monumentos classificados como Património Mundial também é vivida por clientes com menor poder de compra e, por essas razões, a empresa Douro Azul considera que o negócio do turismo aéreo é sustentável e com potencial para crescer.
“Estimamos chegar ao final de 2015 com um volume de negócios na ordem do meio milhão de euros. Esse é um objetivo e se for concretizado é uma boa premissa”, considerou Rui Saraiva, recordando que o serviço já permitiu, por exemplo, realizar pedidos de casamento em pleno voo.
A Douro Azul é a única empresa que está a operar no turismo aéreo do Porto e tem dois helicópteros – o Bell Long Ranger, com capacidade até seis passageiros, estando habilitado para captar fotografia aérea e imagem aérea, e o Robinson R44, com capacidade até três passageiros, além do piloto.
As parcerias com hotéis da cidade que apostam em serviços ‘premium’ como o Yeatman, ou com quintas no Douro Vinhateiro são outras apostas da Douro Azul, que quer chegar também à zona de Chaves (Vila Real), para captar clientes que participam em eventos de golfe mais a norte de Portugal.
O ‘boom’ de viagens ao Alto Douro vai acontecer em setembro e outubro, altura das vindimas de um dos mais famosos vinhos do mundo: o vinho do Porto.
E é principalmente nesta altura do ano que os passeios aéreos de helicóptero se aliam aos navios hotel que navegam Douro acima, Douro abaixo, mostrando aos turistas a paisagem única no mundo e declarada pela UNESCO em 2001 como Património da Humanidade.
Os turistas podem, por exemplo, fazer um voo de helicóptero durante 45 minutos por 525 euros e depois aterrar no ‘sun deck’ de um navio hotel de luxo, para uma viagem fluvial junto às vinhas do Douro.
/Lusa
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