Tesla, Nvidia, Apple. Bolsa dos EUA afunda e Trump admite: vai haver “sofrimento”, mas “vale a pena”

Allison Dinner / EPA

Não são só os “gigantes”. Famílias americanas também deverão sofrer com a guerra comercial aberta com o Canadá. 

“Haverá algum sofrimento? sim, talvez (e talvez não!)”, disse Trump numa publicação no X. “Mas vamos tornar a América grande de novo, e tudo valerá o preço a pagar”.

A publicação foi feita em caps lock, e outras se seguiram, em referência, essencialmente ao Canadá, que retaliou as tarifas de 25% que os EUA impuseram sobre os seus produtos com a imposição, do próprio Canadá, de tarifas de 25% sobre mais de 155 mil milhões de dólares em produtos americanos (cerca de 150 mil milhões de euros) incluindo álcool e fruta.

Não precisamos de nada do que eles têm. Temos energia ilimitada, devíamos fabricar os nossos próprios carros e temos mais madeira do que alguma vez poderemos utilizar”, cita a Fortune o presidente norte-americano.

Na verdade, um quarto do petróleo que a América consome por dia vem do Canadá.

Para além do aumento expectável nos preços desses produtos, a guerra comercial aberta pelo novo presidente já chegou à bolsa.

Esta segunda feira, o S&P 500, valor das 500 maiores empresas dos Estados Unidos, caiu 1,92% (para 5.924 pontos), o Nasdaq, do setor tecnológico, quebrou 2,46% (19.211 pontos) e o industrial, o Dow Jones, afundou 1,22% (44.002 pontos). Os valores, sempre inconstantes, estão a ser acompanhados em tempo real pela NBC.

Em negativo destaque estão algumas das maiores empresas do mundo, como a Tesla, que registou uma queda de 6,91%, a Nvidia (com baixa de 5,04%) ou a Apple (caiu 3,56%).

Mas não são apenas os “gigantes” de Silicon Valley que estão ameaçados. As famílias americanas também devem sofrer com as medidas protecionistas.

Uma análise do Laboratório de Orçamento de Yale, por exemplo, mostra que, se a guerra das tarifas continuar, uma família “média” dos EUA perderá cerca de 1245 dólares (cerca de 1207 euros) em rendimentos este ano, o que seria o equivalente global a um aumento de impostos de mais de 1,4 biliões de dólares (1,36 biliões de euros) nos próximos 10 anos.

Já o México, por agora está a salvo. Esta segunda feira, o país conseguiu reverter a situação para o seu lado e assinar uma série de acordos de cooperação entre os dois países.

Depois de um fim de semana em que as mesmas tarifas aplicadas ao Canadá foram prometidas igualmente ao país a sul dos EUA — e em que a presidente, Claudia Sheinbaum, ameaçou também retribuir com taxas — houve acordo entre os dois países — assim avançou no X a presidente.

ZAP //

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