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O Velho Continente está a ficar para trás na utilização de robôs, alerta relatório da UE. Quota europeia no mercado mundial dos serviços tecnológicos e digitais diminuiu para metade na última década.
Um relatório da Comissão Europeia, obtido pelo jornal Politico destaca a luta da Europa para se manter a par dos líderes mundiais na implantação da robótica e na competitividade tecnológica.
O relatório, intitulado Relatório Anual sobre o Mercado Único e a Competitividade para 2025, revela que a Europa tem em média 22 robôs por cada 1.000 empregados, o que a coloca atrás dos Estados Unidos (29) e da Coreia do Sul (101).
A apresentação do relatório, que deveria fazer parte do “Compasso da Competitividade” da UE, foi adiada devido a uma recente doença da Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
As conclusões sublinham a urgência de a Europa reforçar os seus sectores da tecnologia e da robótica para evitar ficar ainda mais para trás e assinalam um declínio acentuado da quota da Europa no mercado mundial dos serviços tecnológicos e digitais, que diminuiu para metade na última década, para 10,8%. Em contrapartida, a quota de mercado dos EUA aumentou para 38%.
O ecossistema de startups da Europa também fica para trás, com apenas 263 unicórnios — muito menos do que os estabelecidos nos EUA (1.539) e na China (387).
O relatório critica ainda a lenta digitalização da Europa e o acesso limitado ao capital de risco: são obstáculos à expansão das empresas, segundo a análise baseada nas estratégias propostas pelo antigo Presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, para enfrentar os desafios da concorrência.
