LEXI vai investigar a “respiração” do campo magnético da Terra

NASA Goddard / Flickr

Conceito de artista do Campo Magnético da Terra

A NASA está prestes a lançar o Lunar Environment Heliospheric X-ray Imager (LEXI), como parte da missão Artemis.

A missão Artemis, da agência espacial norte-americana, vai dar início a um novo capítulo na exploração espacial e conta com o importante contributo do Lunar Environment Heliospheric X-ray Imager (LEXI), que irá capturar as primeiras imagens do campo magnético da Terra.

O equipamento, que irá a bordo do módulo lunar Blue Ghost, da Firefly Aerospace, terá como objetivo oferecer imagens detalhadas da magnetosfera terrestre, a camada que protege o nosso planeta da radiação solar.

Segundo o Earth, o lançamento, previsto para meados deste mês, integra o programa CLPS (Serviços Comerciais de Carga Lunar da NASA).

Após o seu pouso bem sucedido, o LEXI entrará em ação iniciando a sua operação com um período de seis dias de observação contínua.

O instrumento será capaz de registar os raios-X produzidos na magnetopausa, a fronteira externa da magnetosfera, ao interagir com o vento solar.

“Estamos a tentar obter uma visão abrangente do ambiente espacial da Terra”, adiantou Brian Walsh, físico espacial da Universidade de Boston e investigador principal do projeto. “Muita física pode ser abstrata, mas isto será ciência visível”, acrescentou.

O posicionamento estratégico do LEXI na Lua permitirá capturar o comportamento da magnetosfera em tempo real, incluindo as suas oscilações — um fenómeno descrito pelos cientistas como “a respiração” do campo magnético.

“Esperamos ver a magnetosfera a expandir e a contrair pela primeira vez”, disse Hyunju Connor, astrofísica do Centro de Voo Espacial Goddard da NASA. O movimento a que a especialista se refere é diretamente influenciado pela intensidade do vento solar.

O contributo do instrumento é tal que irá ainda ajudar a investigar eventos de reconexão magnética, isto é, quando as linhas do campo magnético da Terra interagem com as do vento solar, libertando partículas energéticas.

Estas partículas podem causar auroras dignas de serem captadas por uma câmara, mas também representam riscos para satélites e redes elétricas terrestres.

ZAP //

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