As regras na Terra não são válidas para o que se passa lá em cima. E a “sorte” nas viagens. Perspectiva curiosa de uma mãe.
Jamie Davis Smith é jornalista freelancer. Escreve sobre viagens e sobre parentalidade, entre outros assuntos.
Acima de tudo, é mãe.
Gosta de levar os seus filhos a diversos países, para conhecerem o mundo, para as crianças abrirem horizontes.
Mas há algo de que não gosta nos requisitos para as viagens de avião: “Não importa quantas vezes voámos ou quão longe fomos: nunca paguei por lugares para garantir que ficássemos sentados juntos. E nunca o farei“.
No portal Scary Mommy, Jamie lembra que há quem ache que essas taxas extra são uma parte do custo de ter filhos e que as mães e os pais não devem estar à espera de terem um tratamento especial – se querem sentar naquele lugar específico, pagam.
Primeiro, essas pessoas que têm esse pensamento não são pais. Pelo menos, na sua maioria.
Segundo, ela recusa pagar esse “imposto injusto” sobre as famílias.
E até tem tido sorte: sempre conseguiram trocar de lugar nas viagens. Estiveram sempre juntos no avião.
Até porque, se alguém recusasse, ficava sempre com aquela responsabilidade de cuidar da criança durante a viagem toda. “Vejo isso na cara das pessoas”, relatou.
E o único que rejeitou a troca “rapidamente mudou de ideias antes da descolagem, quando percebeu a consequência da sua decisão.
Mas pedir a um passageiro para trocar de lugar é a sua última opção.
Em algumas situações, o próprio funcionário da companhia aérea é mais atencioso e muda os lugares depois do check-in: “Suspeito que essas almas bondosas sejam pais; agem em solidariedade”.
Noutras, Jamie pede a funcionários das companhias aéreas para mudar de lugar.
Mas, repete, para já resultou sempre. Um dia o cenário pode mudar: “Sei que a minha abordagem de não pagar por lugares e esperar pelo melhor não é para todos. Um dia, a minha sorte vai acabar — mas ainda me recuso a pagar para garantir que me vou sentar ao lado dos meus filhos”.
Por vários motivos: dinheiro (o orçamento para viagens não é ilimitado), a viagem no avião já faz parte obrigatória da viagem em família, é até uma pequena forma de protesto e, por outro lado, dá menos trabalho aos funcionários da companhia aérea.
E ainda há uma outra razão, esta mais curiosa: “Também acredito que as regras de senso comum que os meus filhos devem seguir em casa não se aplicam no céu. Eles podem ficar a olhar para um ecrã o tempo que quiserem e comer os lanches que forem necessários para mantê-los felizes”.
Por tudo isto, fica o recado final: “Até que eu encontre uma razão convincente, continuarei a recusar pagar taxa extra para garantir que a minha família fique junta”.
É uma vergonha o que as companhias fazem! É um imposto sobre as famílias! E os hotéis? Quarto para 2 custa x, para 3 custa 2x! É assim que querem ajudar a natalidade?