Abortos por teleconsulta: Uma tendência segura e eficaz

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O maior estudo sobre abortos por teleconsulta até à data, levado a cabo nos Estados Unidos da América (EUA), revelou que os abortos feitos neste regime são notavelmente seguros e eficazes.

Abortar por teleconsulta é uma tendência e – segundo um estudo publicado, na última terça-feira, na Nature Medicineé seguro e eficaz.

De acordo com a New Scientist, este é o maior estudo de sempre deste tipo, tendo acompanhado mais de 6.000 mulheres grávidas de menos de 10 semanas.

A investigação, levada a cabo em 20 estados dos EUA, revelou que o processo foi seguro e eficaz independentemente de ter sido feito em regime de teleconsulta – videoconferências ou mensagens texto – ou no consultório, presencialmente.

Os resultados mostraram que quase 98% dos abortos por teleconsulta foram feitos com sucesso, com apenas uma incidência de 0,25% de efeitos secundários graves, como sangramento incontrolável ou infeção.

Em comparação, o uso presencial de mifepristona – pílula do aborto – é eficaz em mais de 97% dos casos e leva a eventos adversos 0,3% das vezes.

Os investigadores fizeram o acompanhamento com os participantes entre três a sete dias após o aborto, e novamente duas a quatro semanas depois.

O acesso ao aborto é uma questão política controversa em quase todo o mundo.

Nos EUA, a Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA) eliminou, em 2021, a obrigatoriedade do regime presencial para administração do medicamento abortivo mifepristona, permitindo que as pessoas pudessem obter a pílula através de serviços de teleconsulta e até pelo correio.

“Estes resultados são consistentes com a abundância de evidências que temos de que a mifepristona é segura e eficaz, e que a decisão da FDA de remover o requisito de dispensa presencial foi cientificamente sólida”, enalteceu o líder da investigação,  Ushma Upadhyay, citado pela New Scientist.

Em Portugal, o aborto pode ser feito até às 10 semanas e seis dias de gravidez, mas o serviço ainda não é flexível ao ponto de permitir o aborto por teleconsulta.

Como é explicado na página de Internet do Serviço Nacional de Saúde, apenas é possível “marcar a consulta diretamente no serviço de obstetrícia e ginecologia da área de residência atual”.

“Para tal deve consultar a lista dos estabelecimentos de saúde oficiais, e oficialmente reconhecidos, para realização da interrupção da gravidez por opção da mulher (artigo 142º do código penal), publicada pela Direção-Geral da Saúde“, pode ler-se.

ZAP //

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3 Comments

  1. Mas és obrigado a ser pai!..
    Apenas obdeces a vontade da mulher no estado misandrico!.
    Depende da tua carteira e de golpes da barriga.. apenas as mulheres podem matar bebés aos milhões, são direitos humanos, ou melhor direitos feminazis onde só um gênero pode decidir e escolher pelo outro e chamam a isso igualdade!… A mim parece me feminazismo.. pode ser o homem a decidir pela mulher?!

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