Os comandos da PSP estão a proibir os agentes de tirar folgas para garantirem que há policiamento suficiente nas festividades do Carnaval e nos jogos de futebol.
Os comandantes da Polícia de Segurança Pública (PSP) estão a implementar medidas rigorosas para assegurar presença policial suficiente em eventos desportivos e festividades de Carnaval.
Esta decisão surge na sequência de preocupações com a possibilidade de mais cancelamentos de jogos de futebol, depois do adiamento do jogo entre Sporting e Famalicão.
De acordo com o Correio da Manhã, há agora uma proibição de dispensas para serviços remunerados, permitindo apenas uma hora de descanso entre o término do serviço regular e o início do serviço remunerado, bem como o escalonamento de agentes em dias de folga.
A PSP defende a adoção destas diretrizes excecionais como prática comum em eventos desportivos ou em períodos de férias. Esta estratégia de gestão surge num contexto de descontentamento entre os agentes, motivado pela desigualdade salarial entre os inspetores da Polícia Judiciária e os polícias da PSP e da GNR.
Tais medidas são particularmente notórias no Comando de Braga, influenciadas por eventos de futebol e celebrações de Carnaval, abrangendo os próximos dias 11, 12 e 13, bem como já observadas no jogo União de Leiria-Sporting e esperadas para o próximo fim de semana em Lisboa, na área da Divisão de Benfica.
Segundo o JN, o gozo de folgas, compensatórias ou não, também foi suprimido para domingo, dia 11 de fevereiro, em Vila do Conde, de forma a se garantir a realização do jogo entre o Rio Ave e o Casa Pia.
Adicionalmente, uma situação alarmante ocorreu no Algarve, onde 22 agentes da PSP foram impedidos de patrulhar após chumbarem num teste de tiro, parte de um processo de certificação anual.
Este incidente, que afetou quase metade dos 48 elementos testados, é interpretado como mais um protesto contra a não atribuição do subsídio de risco. Caso voltem a chumbar, estes agentes ficarão desarmados.
