Hospitais e centros de saúde não conseguem ter um acesso “imprescindível”. Bloqueio surgiu em dia de reunião com Governo.
Na quinta-feira passada houve reunião entre sindicatos de médicos e Ministério da Saúde.
Muutos médicos que estavam em hospital ou centro de saúde tentaram ler conclusões dessa reunião, mas não conseguiram – o site da Federação Nacional dos Médicos (FNAM) está bloqueado.
Quem estava a trabalhar em hospitais e centros de saúde não conseguiu – e ainda não consegue – aceder ao portal.
O alerta é dado pela própria FNAM, num comunicado: “Nesse dia, de reunião negocial, muitos médicos não conseguiram aceder ao site para se informarem do desfecho da reunião, nem para download da declaração de indisponibilidade para a prestação de trabalho suplementar anual para além do limite legal das 150 horas”.
“O acesso ao site é imprescindível aos médicos, nossos associados, para obterem informações e documentos que devem ser mantidos públicos pelas instituições”, salienta a federação.
A FNAM lembra que os sindicatos têm direito de “afixar nos locais de trabalho, no portal interno, convocatórias, comunicações, informações ou outros textos, relativos à vida sindical e aos interesses sócio profissionais dos profissionais, bem como, proceder à sua distribuição, por via de lista de distribuição eletrónica”.
A federação exige que o acesso ao site seja retomado imediatamente.
Nesse sentido, já conversou com Autoridade para as Condições do Trabalho, Inspeção-Geral das Atividades em Saúde, todas as Administrações Regionais de Saúde (ARS) e Ministério da Saúde.
“A estrutura digital dos Hospitais e dos Centros de Saúde, sob alçada dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), tem em seu poder os mecanismos necessários para que a legalidade seja reposta sem que sejam necessárias mais diligências”, lê-se no comunicado.
A federação dos médicos está a averiguar o que está a acontecer e pondera um processo-crime por este aparente “acto de censura”.
O site está a funcionar….
Então os médicos não andavam em burnout por excesso de trabalho e de horas extras. As restrições a Internet talvez ajude a melhorar a produtividade e justifique o aumento indiscriminado que pretendem.