A enfermeira Lucy Letby, de 33 anos, foi considerada culpada pelo homicídio de sete bebés, e pela tentativa de assassinato de mais seis. É “a pior serial killer infantil da história britânica moderna”.
Lucy Letby arrisca a prisão perpétua depois de ter sido condenada num dos piores casos de sempre da justiça britânica no que se refere a homicídios infantis.
A enfermeira neo-natal de 33 anos foi considerada culpada pela morte de sete bebés prematuros em hospitais do Serviço Nacional de Saúde britânico. O tribunal concluiu também que Letby tentou matar mais seis bebés, considerando que o seu comportamento foi “persistente, calculado e a sangue-frio”.
A mulher deve conhecer a sentença na segunda-feira, e espera-se que receba a pena de prisão perpétua. Nesse caso, tornar-se-á na terceira mulher viva no Reino Unido a ser condenada a tal sanção.
O jornal The Guardian realça que se trata da “pior serial killer infantil da história britânica moderna“.
Entretanto, os detectives continuam a analisar os registos de mais de quatro mil bebés nascidos no hospital Liverpool Women’s e no Countess of Chester, onde Letby trabalhou entre 2012 e 2016, como refere o jornal. Há suspeitas de que Letby possa ter assassinado mais bebés.
Entre os bebés assassinados pela enfermeira estão dois irmãos de trigémeos que foram assinados com menos de 24 horas de intervalo, um bebé com menos de um quilo e uma menina que só morreu à quarta tentativa.
A enfermeira matou os bebés injectando ar em alguns deles, alimentando-os à força ou envenenando-os com insulina.
“Matei-os de propósito”
As autoridades terão encontrado na casa de Letby notas onde ela assume os crimes. “Matei-os de propósito porque não sou boa o suficiente”, terá escrito a enfermeira num papel, como revela o The Guardian.
“Eu sou má, fiz isto”, terá escrito também a enfermeira.
A investigação em torno dos crimes de Letby começou em Maio de 2017 e pode ainda levar a novos julgamentos.
Entretanto, há dúvidas sobre se as mortes poderiam ter sido evitadas.
Uma fonte diz ao The Guardian que acredita que alguns bebés poderiam ter sido salvos se os responsáveis do hospital tivessem actuado mais cedo perante as suspeitas que surgiram em torno da enfermeira.
Está em causa uma eventual “negligência” por não terem contactado a polícia antes.
O Ministério da Saúde britânico já anunciou a abertura de um inquérito para tentar perceber como é que a enfermeira conseguiu matar tantos bebés antes de ter sido denunciada à polícia.