Saída de trabalhadores obrigou a uma reestruturação interna, com muitos departamentos a não terem tarefas planeadas e atribuídas.
O ano de 2023 foi batizado no seio da Meta, empresa mãe do Facebook, Instagram e Whatsapp, como o “ano da eficiência”. No entanto, passado um mês e meio, há já sinais de que os objetivos não estão a ser cumpridos, em grande parte devido aos layoffs e aos processos de reorganização internos que estão a afetar a produtividade das equipas.
Um dos pontos levantados tem que ver com a falta de clareza em relação aos orçamentos, mas também em relação à composição das referidas equipas. Isto leva a que projetos e decisões que, em condições normais, demorariam dias, estão agora a demorar quase um mês, noticiou o Financial Times. Como consequência, algumas dos trabalhadores estão sem tarefas atribuídas porque os seus superiores não conseguem fazer planeamentos.
“Sinceramente, é uma confusão. O ano da eficiência está a começar com um grupo de pessoas a ser pagas para fazerem nada“, disse um funcionário citado pelo mesmo jornal.
A reestruturação da Meta começou a ser anunciada no ano passado, depois de Mark Zuckerberg ter admitido que sobrevalorizou o crescimento do comércio online, o que o levou a ter que cortar postos de trabalho como último recurso. Ainda assim, está longe de ser o único CEO nas big tech a fazê-lo. Só este ano, ou seja, um mês e meio, estima-se que mais de 101 mil funcionários de 340 empresas do setor tecnológico tenham sido afetados por vagas de despedimentos.
É ainda expectável que o número de funcionários dispensados pela Meta aumente nos próximos tempos, à luz dos resultados lançados a 1 de fevereiro. O estado de espírito dentro da empresa também já reflete a situação económica da mesma, com muitos trabalhadores a prepararem-se para o despedimento (e a procurarem alternativas) mesmo antes de estes acontecerem.