Como? Um grande pedaço do Sol partiu-se

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Imagens que terão entusiasmado muitos astrónomos. Material da proeminência separou-se do filamento principal.

O Sol partiu-se. Bom, uma parte considerável do Sol partiu-se.

Um pequeno vídeo terá entusiasmado – mais do que preocupado – muitos astrónomos, depois da publicação de Tamitha Shov, meteorologista.

“O material de uma proeminência do norte acabou de se separar do filamento principal e está agora a circular num enorme vórtice polar ao redor do pólo norte da nossa estrela”.

“As implicações para a compreensão da dinâmica atmosférica do Sol acima de 55° aqui não podem ser exageradas!”, continua Tamitha.

Trata-se de uma explosão solar poderosa, de tamanho médio, que interrompeu um rádio de ondas curtas sobre o Oceano Pacífico na terça-feira passada.

Proeminências solares são estruturas enormes e brilhantes que se destacam da superfície do Sol, geralmente em forma de laço. As proeminências são ancoradas na superfície do Sol, na fotosfera, e se estendem além da coroa solar.

Podem demorar um dia a ser formadas e podem durar vários meses na coroa, alcançando centenas de milhares de quilómetros no espaço.

Scott McIntosh, vice-director do Centro Nacional de Pesquisa Atmosférica em Boulder, nunca tinha visto algo assim.

Mas lembrou que é normal surgirem erupções e manchas solares, numa fase em que o Sol está mais activo do que nunca.

A cada ciclo solar, o Sol forma-se na latitude de 55 graus e começa a mover-se em direcção aos pólos solares. O Sol movimenta-se em direcção ao pólo só uma vez; depois desaparece – e reaparece alguns anos depois, na mesma região.

Ao longo das últimas décadas, obviamente os astrónomos já viram filamentos a saírem da superfície do sol – mas nunca tinham visto um fenómeno como este: o material pareceu mesmo ter-se soltado, circulando o pólo a 60 graus de latitude durante cerca de 8 horas, a uma velocidade de cerca de 96 quilómetros…por segundo.

A limitação científica aqui são os pólos do Sol. Os cientistas não têm acesso às regiões polares da nossa estrela – que são essenciais no ciclo magnético solar.

Apesar de tudo, nada disto será motivo de alarme, sublinha o portal Science Alert.

Estes ciclos coincidem com as flutuações no campo magnético solar. Quando o campo magnético é mais fraco nos pólos, os pólos magnéticos do Sol trocam de lugar e a polaridade do campo magnético inverte-se. É quando o Sol está mais activo – o máximo solar.

Em princípio, e apesar de ser complicado prever a inversão de polaridade, esta deverá ocorrer em Julho de 2025.

ZAP //

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