Portugal já não era tão dependente de compras ao estrangeiro desde o tempo do governo de José Sócrates.
O défice comercial português de bens está agora num nível recorde. O seu peso em relação ao PIB foi, em 2022, o mais elevado desde o tempo do governo socialista de Sócrates, escreve o Diário de Notícias.
Os cálculos de o Dinheiro Vivo são baseados nos recentes dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
“O défice da balança comercial agravou-se em 208 milhões de euros face a dezembro de 2021, ascendendo a 2.750 milhões de euros. Excluindo os combustíveis e lubrificantes, o défice ascendeu a 2.114 milhões de euros, aumentando 201 milhões de euros face a dezembro de 2021″, escreve o INE em comunicado.
O rácio do défice comercial terminou 2022 num valor equivalente a 13% do PIB anual. É preciso recuar até 2008 para encontrar um grau de dependência externa maior face ao exterior. Há 14 anos, esse mesmo défice comercial chegou a ser de 14,2% do PIB.
Nem o crescimento explosivo e recorde do comércio internacional português de mercadorias registado no ano passado, impulsionado pelo agravamento dos preços, foi suficiente para equilibrar a balança comercial. Em 2022, as exportações de mercadorias aumentaram mais de 23%.
Por sua vez, segundo o DN, as importações também bateram o recorde da série do INE, com um salto de 31% — em cima do aumento de 22% registado um ano antes.
Em causa estão aumentos avassaladores no custo das importações de vegetais (30% mais caras), das peles e couros (mais 46%), na dupla madeira e carvão (mais 35%), no calçado (quase mais 40%).
“Esta evolução traduz-se numa perda de rendimento real da economia que deve ser partilhada por todos os agentes” pelo que é necessário “assegurar que os aumentos dos salários e das margens das empresas não geram pressões inflacionistas persistentes, com consequências negativas para a competitividade e a estabilidade macroeconómica”, analisou o Banco de Portugal.
O problema reside no facto que Portugal sempre foi e por os vistos sempre será dependente da “Esmola Estrangeira” , Portugal pouco produz ou nada en termos de bens de primeira necessidade , e sempre a contar com o “Turismo” , que cujo beneficio , na larga maioria nunca chega ao nosso prato !
Subscrevo inteiramente!
Mais acrescento, estranhamente quem vai dando as esmolas não questiona o paradeiro do dinheiro, mesmo quando é mal aplicado. Será que esta fatalidade de sermos pobres e esmoleres, não é coisa de interesses combinados? Não é estranho que governos e governantes sucessivos, de varias cores políticas, durante décadas,não consigam levantar este País? Porque é que países como Bulgária, Roménia no leste da Europa, se desenvolvem e enriquecem e nós não saímos desta cepa torta? E como nos acomodamos, tristes e de mão estendida….
Crisol, se gosta da Romenia e da Bulgaria não queira viver lá,mas se acha que se vive melhor lá que em Portugal , nem sequer é preçiso Passaporte, eu não troco por Portugal.